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ETA diz que está disposta a abrir mão de violência

"As chaves para resolver o conflito são a territorialidade e o direito de decidir"

Por Agencia Estado
Atualização:

A organização terrorista basca ETA manifestou neste domingo, 8, em entrevista ao jornal "Gara" sua disponibilidade "para assumir compromissos firmes com um cenário de ausência de violência". A organização afirma na entrevista que "não consegue imaginar eleições sem a esquerda abertzale (patriota)", já que "expressaria o fracasso do processo". A Advocacia do Estado apresentou à Corte Suprema espanhola um processo solicitando que se impedisse a constituição do partido Abertzale Sozialisten Batasuna (ASB) porque, segundo sua opinião, trata-se de uma sucessão da ilegalizada Batasuna, considerada o braço político da ETA. O País Basco realiza em maio eleições municipais, como o resto das localidades espanholas. Na entrevista, a ETA reitera que "as chaves para resolver o conflito são a territorialidade e o direito de decidir". A organização terrorista mostra sua disposição de adotar os compromissos publicados em 24 de março do ano passado, data em que iniciou seu anunciado cessar-fogo, "inclusive a desativação de respostas pontuais em uma situação de cessar-fogo". No entanto, em 30 de dezembro, a ETA cometeu um atentado no aeroporto de Barajas, em Madri, no qual um carro-bomba causou a morte de dois imigrantes equatorianos. Ainda na entrevista, a organização assinala que "o processo, neste momento, está bloqueado, porque os partidos não alcançaram um acordo político". Além disso, acusa o Partido Socialista (no Governo na Espanha) e o Partido Nacionalista Basco de impor obstáculos a esse acordo.

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