EUA acenam com suspensão de sanções à Líbia

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Por Agencia Estado
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Um alto funcionário americano disse neste sábado que a Líbia está caminhando "na direção certa" mas destacou que é muito cedo para determinar quando as sanções dos Estados Unidos contra esse país serão levantadas. A Líbia, que segundo autoridades americanas e britânicas esteve perto de fazer uma bomba nuclear, abriu caminho para que as sanções dos EUA sejam levantadas e as companhias petrolíferas americanas retornem ao país ao anunciar sexta-feira o cancelamento de seu programa de armas de destruição em massa e abrir o país a inspeções internacionais. "Estamos no começo", disse o funcionário americano. "Os líbios querem trabalhar com os EUA, mas damos um passo de cada vez. Trabalharemos com eles enquanto forem sinceros. Ainda não chegamos ao ponto de discutir como isso afeta as sanções." Já o governo britânico indicou que os EUA devem levantar as sanções após a "decisão de estadista" do líder líbio, Muamar Kadafi, mas não especulou quando. A França também saudou a decisão líbia. A Organização das Nações Unidas (ONU) suspendeu suas sanções em setembro, quando Trípoli indenizou as famílias das vítimas do atentado de 1988 contra um avião da Pan Am sobre Lockerbie, Escócia, que deixou 270 mortos. Mas os EUA não suspenderam seu embargo de 17 anos e mantêm a Líbia na lista de países que apóiam o terrorismo. O chanceler egípcio, Ahmed Maher, disse esperar que outros países na região sigam esse exemplo e abandonem seu programa de armas nucleares, referindo-se a Israel. Kadafi disse que seu país tomou "uma sábia e corajosa decisão". Seu filho Saif al-Islam declarou esperar que a decisão abra caminho para "normalizar relações políticas" com os EUA. "Agora teremos acesso a armas defensivas e já não haverá sanções sobre a importação de armas (convencionais)", disse Saif à TV CNN. "Teremos acesso a tecnologia em setores antes vetados. E ficará eliminada qualquer ameaça contra a Líbia vinda do Ocidente."

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