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EUA acusa Siria e Irã de atuarem contra Líbano

Para embaixador americano, autoridades libanesas podem ser assassinadas

Por Agencia Estado
Atualização:

O embaixador americano na ONU, John Bolton disse nesta segunda-feira que a Síria e o Irã estão desestabilizando o governo democraticamente eleito do Líbano, por meio da violação do embargo de armas estabelecido pelas Nações Unidas. Bolton também afirmou que os EUA temem novos assassinatos de autoridades libanesas. Em relação as obrigações da Síria com o embargo, autorizado em resolução do Conselho de Segurança que acabou com os enfrentamentos ocorridos em agosto entre Israel e o Hezbollah, o embaixador as qualificou como "particularmente importantes, já que o país faz fronteira com o Líbano." Terje Roed-Larsen, enviado especial da ONU para assuntos sírio-libaneses, disse que representantes do governo libanês "estabeleceram em público e também em conversas que armas foram enviadas pela fronteira para o Líbano", inclusive nas últimas semanas. Contudo, a ONU não recebeu informações sobre a quantidade, os tipos de armas e a origem das mesmas. As Nações Unidas não confirmaram as informações do governo libanês, porque o exército do Líbano não pediu para que a fronteira fosse inspecionada. Para Bolton, Roed-Larsen comunicou ao Conselho de Segurança que o governo não ofereceu detalhes sobre a entrada de armas pela fronteira sírio-libanesa por "temer represálias". O embaixador afirmou que novos assassinatos de autoridades libanesas podem acontecer. Consultado sobre as declarações de Bolton, Roed-Larsen disse que não tinha informações sobre o assunto, mas afirmou que foram cometidos 14 assassinatos ou tentativas no Líbano, desde fevereiro de 2005, quando o ex-primeiro ministro Rafik Hariri foi morto em Beirute.

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