EUA acusam 12 países de não combater tráfico de pessoas

Cuba e Venezuela são alguns dois países citados pelo Relatório Sobre Tráfico de Pessoas, realizado pelo Departamento de Estado americano

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Por Agencia Estado
Atualização:

O governo dos Estados Unidos acusou nesta segunda-feira 12 países, entre eles Cuba e Venezuela, de não fazer o suficiente para combater o tráfico internacional de pessoas, mas eliminou de sua "lista negra" Bolívia e Equador. O "Relatório Sobre Tráfico de Pessoas", que o Departamento de Estado elabora anualmente, inclui em sua 6ª edição a Colômbia entre os países que mais têm se esforçado para combater o problema. O relatório também adverte que a Alemanha deveria intensificar sua luta contra a possível invasão de prostitutas de outros países na Copa do Mundo, que começa nesta sexta-feira. O Departamento de Estado divide os países em três diferentes níveis, embora o grupo intermediário inclua uma "lista de observação" que aborda nações analisadas de forma abrangente. Lista negra Os 12 países da "lista negra", que formam o grupo daqueles que não fazem esforços básicos no combate ao tráfico de pessoas, estão sujeitos a sanções por parte da Casa Branca caso não empreendam medidas imprescindíveis. As punições podem ser traduzidas em um congelamento de ajudas não humanitárias e não comerciais. Os EUA situam Cuba entre os países que menos esforços têm feito para erradicar o problema, e classificam a ilha como um dos principais destinos de turismo sexual do mundo, incluindo o fato de que um grande número de menores está envolvido nesses abusos. O relatório lembra que é difícil calcular a dimensão do problema devido à "natureza fechada" de seu governo e à falta de relatórios não-governamentais. Além disso, o Departamento de Estado mantém a Venezuela em sua "lista negra", mas reconhece que houve "melhoras evidentes" em algumas atividades contra o tráfico de pessoas, como na capacitação de funcionários específicos e em iniciativas de conscientização. No entanto, o governo americano considera que estes passos não foram acompanhados de progressos na busca de traficantes. Esforços significativos Em relação ao Equador, o Departamento de Estado considera que, embora o país não cumpra com os padrões mínimos para a eliminação do tráfico de pessoas, fez "esforços significativos" neste sentido. O Equador saiu da "lista negra" graças a "progressos evidentes" em alguns contextos fundamentais, como a aprovação de leis contra o tráfico de pessoas e uma maior compreensão do problema. A Bolívia, por sua parte, deixou este ano o último nível graças a sua "crescente determinação" para combater o tráfico. Foi colocada, no entanto, na lista de observação. Os EUA elogiaram os esforços "modestos, mas crescentes" do país andino para reformar as leis contra o tráfico de pessoas na América Latina.

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