EUA acusam China de 'desestabilizar' relações entre aliados com Taiwan

Governo de El Salvador rompeu relações diplomáticas com o governo autônomo e se aliou a Pequim, ampliando a influência chinesa na América Central 

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WASHINGTON - O governo dos Estados Unidos acusou a China de "desestabilizar as relações na região americana" após El Salvador romper relações diplomáticas com Taiwan para estabelecer laços com Pequim. A medida isolou o território autônomo e ampliou a influência chinesa na América Central.

O chanceler de El Salvador, Carlos Castañeda (à esq.), cumprimenta seu homólogo chinês, Wang Yi (à dir.), durante cerimônia de estabelecimento de relações diplomáticas na Casa de Hóspedes do Estado Diaoyutai, em Pequim. Foto: EFE/How Hwee Young

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"Os Estados Unidos continuarão a ser opôr à desestabilização das estreitas relações e a interferência política no hemisfério ocidental", disse a Casa Branca, em comunicado. "Esta é uma decisão que não afetará somente El Salvador, como também a saúde econômica e a segurança de toda a região americana."

A Casa Branca reafirmou que ainda está "reavaliando" seus laços diplomáticos e econômicos com El Salvador após o país romper com Taiwan.

O fim das relações diplomáticas entre o país centro-americano e o governo autônomo foi anunciado na noite de segunda-feira, 20, pelo presidente salvadorenho Salvador Sánchez Cerén. A medida ampliou a influência chinesa na região e isolou Taiwan ainda mais no cenário internacional. Atualmente, apenas 17 países consideram a ilha uma nação soberana.

Taiwan acusa a China de "comprar apoio diplomático" ao oferecer recursos financeiros e acordos comerciais a países que mantém vínculos com o governo autônomo. Neste ano, além de El Salvador, as nações africanas de Burkina Faso e República Dominicana também romperam relações diplomáticas com Taiwan para se aliar à China.

A China alega que Taiwan é parte de seu território e há décadas realiza esforços para retomar a ilha. //AFP

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