EUA advertem contra retomada da ajuda palestina

Ministro do Exterior francês, Philippe Douste-Blazy, reuniu-se com o presidente palestino Mahmoud Abbas

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Por Agencia Estado
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Os Estados Unidos pediram à União Européia (UE) que não se apresse na decisão de restaurar a ajuda econômica ao governo palestino. A ajuda ocidental direta foi suspensa depois que o grupo militante Hamas venceu as eleições parlamentares de janeiro por causa da recusa do grupo em abdicar da violência e em reconhecer o Estado de Israel. Ministros do Exterior dos países-membros da UE estão reunidos nesta sexta-feira em Bruxelas, na Bélgica, e deverão avaliar o anúncio de que o Hamas concordou em formar um governo de unidade nacional com outros partidos palestinos. O ministro do Exterior da França, Philippe Douste-Blazy, disse que um novo governo que leva em conta objetivos internacionais será um grande avanço, e é hora de examinar novamente o boicote à Autoridade Palestina. Washington Correspondentes afirmam que há sinais de um aprofundamento das divergências entre os Estados Unidos e a União Européia sobre o assunto. O porta-voz do Departamento de Estado americano, Sean McCormack, disse que o anúncio palestino não significa, necessariamente, uma grande mudança. "Não está totalmente claro que os palestinos chegara a um acordo para um governo de união", disse ele, acrescentando que se desejam a suspensão do boicote devem "atender às condições que foram apresentadas a eles". Estas condições, estabelecidas pelo chamado Quarteto de mediadores para o Oriente Médio (Estados Unidos, UE, ONU e Rússia), incluem o reconhecimento de Israel, a renúncia à violência e o reconhecimento de acordos de paz anteriores com os israelenses. "O povo palestino (...) precisa entender porque está na situação em que se vê agora." "Eles estão nesta situação por causa do governo do Hamas, seu fracasso em tomar decisões duras para cuidar do povo palestino e para poder governar efetivamente." Coalizão Na segunda-feira passada, o presidente palestino Mahmoud Abbas anunciou que chegou a um acordo com o Hamas para a formação de um novo governo de união. A coalizão proposta aproximará os islamistas radicais do Hamas e a facção Fatah, moderada, de Abbas. Depois de se reunir em Ramallah com Abbas, o ministro do exterior da França, disse que "um governo palestino de unidade nacional (...) deverá levar a um reexame de políticas da comunidade internacional para o governo palestino em termos de ajuda e contatos". Segundo Douste-Blazy, tal iniciativa pode ser usada para impulsionar o processo de paz entre palestinos e israelenses. A reunião da UE deverá prolongar medidas especiais que canalizam os recursos diretamente ao povo palestino sem passar pelo Hamas. As Nações Unidas e agências de ajuda advertiram que a limitação da ajuda está levando a economia palestina à beira do colapso. include $_SERVER["DOCUMENT_ROOT"]."/ext/selos/bbc.inc"; ?>

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