Os Estados Unidos advertiram a Coreia do Norte sobre a realização de um segundo teste nuclear. O representante especial dos Estados Unidos para a Coreia do Norte, Stephen Bosworth, disse nesta terça-feira, 12, para Pyongyang não realizar mais um teste, pois seria "a direção equivocada" para a estabilidade da região asiática.
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"Tenho muitas esperanças de que a Coreia do Norte não fará outro teste (nuclear). Acho que seria um passo na direção equivocada", disse Bosworth em Tóquio antes de retornar a Washington, segundo a agência local Kyodo.
O funcionário americano ressaltou que os outros participantes do diálogo de seis lados estão convencidos de que "a conversa e a negociação (com a Coreia do Norte) são os únicos métodos adequados para resolver as questões pendentes".
O processo de diálogo de seis lados - que começou em 2003 e tem a participação das duas Coreias mais EUA, Japão, China e Rússia - está estagnado desde dezembro, devido à falta de avanços na verificação da desnuclearização do regime comunista.
Pyongyang anunciou em 14 de abril que abandonava o diálogo de seis lados como represália à condenação do Conselho de Segurança das Nações Unidas por seu lançamento, no dia 5 de abril, de um foguete de longo alcance.
A Coreia do Norte ameaçou ainda realizar um novo teste nuclear e lançar um míssil intercontinental caso o Conselho de Segurança não se desculpe.
O regime stalinista realizou seu primeiro teste nuclear em outubro de 2006, o que gerou sanções da ONU. Bosworth pediu também que Pyongyang volte em breve à mesa de negociações para sua desnuclearização.
"Estamos comprometidos com o diálogo e estamos obviamente interessados em voltar à mesa de negociações o mais rápido possível", disse. "Mas esta decisão não depende só de nós, depende também da Coreia do Norte", concluiu.