EUA alertam Irã para recuar no Golfo Pérsico

Subsecretário de Estado dos EUA descartou negociações diretas entre os dois países

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

O envio de um segundo porta-aviões dos EUA à região do Oriente Médio serve de alerta ao Irã para que o país recue em sua tentativa de dominar a região, disse nesta terça-feira um alto diplomata do governo norte-americano. O subsecretário de Estado para Assuntos Políticos, Nicholas Burns, descartou negociações diretas entre os EUA e o Irã e disse que uma reaproximação entre os dois países não "será possível", enquanto Teerã não abandonar o enriquecimento de urânio. Nesta terça-feira, o Irã disse que ainda está cooperando com a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), um dia depois de anunciar que proibira o trabalho de 38 inspetores no país. "O Oriente Médio não é uma região que será dominada pelo Irã", disse o subsecretário. "O Golfo não é uma porção de água que deve ser controlada pelos iranianos". Ao citar as frotas navais, Burns fez uma referência ao Centro de Pesquisas do Golfo, dos EUA, sediado em Dubai. "O Irã terá que entender que os EUA defenderão seus interesses caso haja confronto entre os dois países", Burns continuou. "Nós defenderemos nossos interesses se formos desafiados. Essa é uma mensagem que o Irã precisa entender". O porta-aviões norte-americano USS John C. Stennis e outros navios estão a caminho do Golfo Pérsico, onde devem se juntar a uma outra frota ancorada na região. Ele deve deixar o local somente no fim de fevereiro. Com a chegada do Stennis ao Oriente Médio é a primeira vez que os EUA mantêm duas frotas na região desde a invasão do Iraque, em 2003.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.