EUA ameaçam Colômbia por votar contra Israel

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Por Agencia Estado
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Os Estados Unidos ameaçaram a Colômbia com represálias por seu voto nas Nações Unidas a favor da criação de uma força internacional para defender os palestinos no Oriente Médio. "Fomos claros quanto às conseqüências de um voto contra Israel. Pensamos em manter a palavra", disse Edward Walker, assistente do secretário de Estado. As "conseqüências" são interpretadas por alguns observadores como um possível corte da ajuda econômica de Washington a Bogotá. A resolução em questão pedia a criação de uma força de observadores encarregados pela proteção dos civis palestinos, mas os EUA vetaram a determinação com a apresentação de um recurso por julgá-la "não equilibrada e não factível". O próprio Walker, em declarações ao congresso, demostrou uma inclinação em favor de Israel, mais ainda do que o próprio presidente George W. Bush. O funcionário praticamente atribuiu ao líder palestino Yasser Arafat a responsabilidade pela onda de violência que envolve a região. "O premiê israelense, Ariel Sharon, mostrou ter uma aproximação positiva. De Arafat, não tivemos nada parecido", declarou Walker. A Colômbia encontrava-se numa situação difícil, como importante membro do movimento de países não alinhados, e não quis romper com seus colegas no Conselho de Segurança.

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