17 de março de 2009 | 18h56
O governo dos Estados Unidos afirmou nesta terça-feira, 17, que poderá cortar a ajuda a Madagáscar se forem tomadas medidas anticonstitucionais na resolução da crise que afeta o país. "Quero deixar claro que se for usada qualquer solução fora do que é estabelecido pela Constituição, a ajuda americana a Madagáscar será suspensa", disse o porta-voz adjunto do Departamento de Estado, Robert Wood, em coletiva de imprensa.
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"Todas as partes devem se conter e retomar o diálogo. É preciso buscar uma solução que respeite o processo democrático e a Constituição", acrescentou. O porta-voz disse que Madagáscar está "em transformação" e garantiu que o presidente americano Barack Obama está "acompanhando os eventos de perto."
Perguntado sobre a opinião dos EUA sobre o governo militar, Wood disse que "a chegada ao poder de um grupo de indivíduos que vai contra a Constituição provocaria automaticamente o cancelamento da ajuda americana."
O presidente de Madagáscar, Marc Ravalomanana, renunciou nesta terça após quase dois meses de pressão do líder da oposição, Andry Rajoelina, que o acusou de desvio de dinheiro público e de violar a Constituição, e que se proclamou chefe de uma "alta autoridade de transição" para governar o país.
Ravalomanana dissolveu seu Governo por decreto e passou o poder a um diretório militar dirigido pelo oficial mais antigo e de maior grau dentro das Forças Armadas de Madagáscar.
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