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EUA ameaçam tratado contra testes nucleares

Por Agencia Estado
Atualização:

Diplomatas de vários países tentam impulsionar os esforços para a entrada em vigor do tratado de proibição de testes nucleares, pedindo que os Estados Unidos e alguns outros países ratifiquem o pacto. O Tratado Abrangente de Proibição de Testes Nucleares é considerado um elemento primordial para evitar a proliferação destas armas, já que sem testes é praticamente impossível desenvolver tais armamentos. Embora a cadeira reservada ao embaixador dos Estados Unidos estivesse vazia, a atenção de boa parte dos delegados estava voltada para Washington, que liderou, em 1996, negociações para converter uma moratória nos testes num tratado permanente. Mas, em 1999, o Senado americano rejeitou o tratado, frustando o então presidente Bill Clinton. A atual administração de George W. Bush já informou que não voltará a apresentar o tratado para ratificação. O governo Bush considera a possibilidade de desenvolver bombas nucleares de pequeno e médio portes. Ele também se afastou de outros importantes acordos internacionais, como o Protocolo de Kyoto sobre a redução da emissão de gases poluentes e a criação de um novo tribunal internacional. A postura dos Estados Unidos coloca em risco a própria existência do tratado. Como um dos 44 países com poder nuclear e instalações de pesquisa listados no anexo do acordo, os americanos têm de assinar o termo, ou ele não entrará em vigor. A Coréia do Norte e o Irã são dois outros países que não ratificaram o tratado.

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