WASHINGTON - Os Estados Unidos anunciaram nesta quarta-feira, 2, que diplomatas chineses vão precisar de autorização do Departamento de Estado americano antes de visitarem universidades e realizarem eventos culturais com mais de 50 participantes fora dos campos considerados 'de missão'.
A ação é uma resposta de Washington às restrições de Pequim aos diplomatas americanos na China e é parte de uma campanha da administração de Donald Trump contra a influência chinesa e suposta espionagem praticada pelo país.
O Departamento de Estado disse que também vai trabalhar para que todas as contas de redes sociais consulares e da embaixada chinesa sejam "devidamente identificadas".
"Estamos apenas exigindo reciprocidade", disse o Secretário de Estado americano Mike Pompeo. "O acesso dos nossos diplomatas na China deve refletir o acesso que os diplomatas chineses nos Estados Unidos têm, e as medidas tomadas hoje vão nos levar a essa direção."
Este foi o passo mais recente dos EUA na tentativa de frear a atividade chinesa no país antes das eleições presidenciais de Novembro. O presidente Donald Trump transformou em plataforma política a relação com a China e as medidas rígidas tomadas pelo seu governo contra o país asiático.
A embaixada da China em Washington classificou a medida como "outra restrição injustificada e barreira para a diplomacia chinesa e membros do consulado" que "vai contra os valores de abertura e liberdade proclamados pelos EUA".
Pompeo disse também que o Departamento de Estado escreveu recentemente para diversas universidades americanas a fim de alertá-las sobre ameaças do Partido Comunista Chinês.
"Estas ameaças podem vir na forma de financiamento ilícito para pesquisas, roubo de propriedade intelectual, intimidação de estudantes estrangeiros e esforços de recrutamento obscuros", declarou Pompeo. /REUTERS