EUA anunciam novas sanções contra a Venezuela

Penalidades do Departamento do Tesouro são direcionadas a dez funcionários, responsabilizados pelo governo americano por irregularidades eleitorais, censura à imprensa e corrupção na distribuição de alimentos

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WASHINGTON - O Departamento americano do Tesouro anunciou nesta quinta-feira, 9, a adoção de novas sanções à Venezuela, desta vez contra 10 funcionários, aos quais responsabiliza por irregularidades eleitorais, censura à imprensa e corrupção na distribuição de alimentos.

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Os afetados por este novo pacote de sanções incluem Sandra Oblitas, vice-presidente do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), os ministros Ernesto Villegas Poljak (Cultura), Freddy Bernal (Agricultura Urbana) e Jorge Márquez Monsalve (Gabinete Presidencial), bem como o presidente da empresa de telecomunicações venezuelana CANTV, Manuel Fernández, entre outros.

Segundo a empresa Smartmatic, encarregada do processo de votação, houve fraude em relação ao número de eleitores para a Constituinte Foto: EFE/Miguel Gutiérrez

Também estão entre os sancionados dois membros do Conselho Nacional Eleitoral, Socorro Hernández e Carlos Quintero; o atual embaixador da Venezuela na Itália, Julián Rodríguez; o vice-presidente da Assembleia Constituinte, Elvis Hidrobo Amoroso, e o titular da Missão Transporte, o general Carlos Osorio.

O novo pacote de sanções foi anunciado em um momento em que a economia venezuelana está à beira da moratória de sua dívida externa.

Em nota oficial, o secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, afirmou que "enquanto o governo da Venezuela continuar ignorando o desejo de seu povo, a mensagem é clara: os EUA não vão permanecer de braços cruzados".

Por isso, disse Mnuchin, o governo americano manterá seus "esforços vigorosos para sancionar funcionários do governo da Venezuela que são cúmplices" do presidente Nicolás Maduro.

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Os EUA adotaram este ano um extenso pacote de sanções contra altos funcionários venezuelanos. No entanto, a medida de efeito mais devastador foi adotada em 25 de agosto, quando, mediante um decreto assinado por Trump proibiu-se a cidadãos e empresas americanas negociar novos bônus soberanos e da estatal petroleira PDVSA.

Na sexta-feira, o governo venezuelano notificou seus credores para que compareçam na segunda-feira, 13, em Caracas, a fim de iniciar uma renegociação da dívida do país. / AFP

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