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EUA anunciam plano para conter piratas no Índico

Para secretária de Estado, são necessários 'recursos do século 21 para combater crime do século 17'.

Por BBC Brasil
Atualização:

A secretária de Estado americana, Hillary Clinton, revelou nesta quarta-feira um plano para combater a pirataria no Golfo de Áden, no Oceano Índico - um importante e perigoso trecho da rota comercial entre a Europa e a Ásia. "Podemos estar lidando com um crime do século 17, mas precisamos de recursos do século 21 para combatê-lo", disse ela. O plano de Clinton inclui melhorar a situação na Somália, país de onde vem a maioria dos piratas. Ela disse que os Estados Unidos vão enviar um representante para a conferência de doadores para a Somália, em Bruxelas no dia 23. Ela disse que o segundo ponto é aumentar a força multinacional que patrulha as águas da região. Responsabilidade Clinton disse ainda que a comunidade internacional deve trabalhar em conjunto para libertar navios capturados, prender e processar os piratas. Além disso, a secretária de Estado americana disse que devem ser considerados meios de confisco do dinheiro dos criminosos do mar. Outro ponto defendido por Hillary é que a responsabilidade do combate aos piratas seja dividido entre os governos e as empresas interessadas no transporte marítimo com segurança. "Tenho orientado o departamento (de Estado) a trabalhar com donos de navios e a indústria de seguros para sanarmos as falhas nos mecanismos de autodefesa", disse ela. Captura Também nesta quarta-feira, um navio francês que patrulha o Oceano Índico anunciou a captura 11 piratas nas proximidades da costa do Quênia. Militares franceses disseram que o navio militar Nivose detectou uma grande embarcação pirata na terça-feira, a observou durante a noite e a atacou pela manhã. O Nivose integra uma operação da União Europeia para proteger a travessia do Golfo do Áden, ao sul da Península Arábica. O navio francês impediu ainda o ataque a um navio da Libéria, segundo os militares franceses. ONU O governo grego disse que um navio do país com 24 tripulantes, que havia sido sequestrado por piratas somalis em março, foi libertado nesta quarta-feira. Não foi revelado se um resgate foi pago. Cada vez mais navios vêm sendo atacados na região por piratas que buscam refúgio na costa da Somália. Nesta semana, quatro navios foram capturados e outros, atacados. Na manhã da quarta-feira, um navio americano que levava ajuda humanitária para a África foi atacado por piratas com granadas e armas automáticas. O enviado da ONU para a Somália, Ahmedou Abdallah, disse que os ataques vêm ameaçando a paz internacional. Ele pediu para que a comunidade internacional identifique e combata as pessoas que apoiam a pirataria. Abdallah pediu ainda por ajuda para os pobres da Somália, país que não tem um governo central desde 1991. Muitos destes pobres estariam sendo explorados pelos piratas, segundo ele. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

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