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EUA apertam o cerco a Bin Laden

Por Agencia Estado
Atualização:

O Departamento de Defesa dos EUA (Pentágono) está apertando o cerco ao terrorista saudita Osama bin Laden e considera que, mesmo se ele escapar do Afeganistão para outro país, suas forças terão como localizá-lo. "É uma questão de tempo", assegurou o general Tommy Franks, comandante da campanha americana no território afegão, em uma entrevista coletiva ao lado do secretário do Pentágono, Donald Rumsfeld. O chefe do Pentágono não descartou a possibilidade de que ele tenha saído do Afeganistão. "Tudo é possível nesse país", disse. "Há fronteiras porosas em várias direções e desfiladeiros muito profundos." Ele também aventou a possibilidade de que Bin Laden e assessores tenham cruzado a fronteira em burro, mula, cavalo ou caminhão. Ao diário The New York Times, Rumsfeld declarou que Bin Laden pode tentar fugir do Afeganistão de helicóptero, dirigindo-se a uma região vizinha onde aliados da organização Al-Qaeda o estariam esperando num jato. Bin Laden assegurou que prefere morrer a cair em mãos dos EUA, declarou hoje um porta-voz do Taleban à agência afegã AIP, vinculada a essa milícia e com sede no Paquistão. "Os EUA nunca poderão capturar Bin Laden", disse o homem não identificado, desmentindo rumores de que ele tivesse sido preso. "Eu entrei em contato hoje com o quartel-general taleban em Kandahar e eles negaram firmemente esses boatos." O líder espiritual da milícia, mulá Mohammed Omar, desafiou os americanos. Forças especiais americanas bloquearam estradas de ligação entre o norte e o sul do Afeganistão e estão usando sofisticados equipamentos de radar para rastrear o movimento dos taleban em fuga. Estão sendo bombardeados túneis, cavernas e bunkers onde eles podem esconder-se. Os EUA acreditam que ele está no sul do Afeganistão, em um dos bunkers nas regiões montanhosas de difícil acesso. O avanço da Aliança do Norte, que já controla cerca de 80% do território, aumenta a possibilidade de localizar Bin Laden. Os EUA ofereceram um prêmio total de US$ 25 milhões pelo saudita "vivo ou morto" e o primeiro-ministro britânico, Tony Blair, outros US$ 5 milhões pela captura dele. Blair fez a oferta hoje em entrevista ao serviço em pashtun da emissora de rádio BBC, que tem grande audiência nos territórios sob controle da aliança e disse que quem encontrar qualquer líder da organização terrorista Al-Qaeda será "bem recompensado". Leia o especial

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