EUA avisam população de Najaf: afastem-se, trégua acabou

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Por Agencia Estado
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Em seu sexto dia de investida contra a milícia do clérigo Muqtada Al-Sadr na cidade sagrada xiita de Najaf, as tropas americanas adotaram uma nova tática: falando em árabe, por meio de alto-falantes, exortaram os rebeldes a se render e pediram à população que abandone a zona de batalha, circunscrita ao entorno de um cemitério. Fuzileiros navais advertiram a população de que um acordo de cessar-fogo de 24 horas, firmado para permitir a remoção dos feridos de Najaf, "não está mais em vigor". Uma batalha sangrenta parece próxima. A aviação dos EUA continua bombardeando o cemitério, onde a milícia - as Brigadas Mahdi - se esconde e guarda seu estoque de armas e um prédio que serve de hotel para peregrinos, a apenas 400 metros do sepulcro do Imã Ali, um dos mais venerados santuários xiitas. Oficiais americanos garantiram que o governador de Najaf, Adnan al-Zarfi, deu autorização para as forças dos EUA entrarem no santuário. Mas uma ação do tipo iria certamente causar uma revolta generalizada entre a maioria xiita do Iraque e exacerbar a crise. O primeiro-ministro iraquiano, Iyad Allawi, confirmou hoje que a ofensiva dos EUA em Najaf - situada 170 quilômetros ao sul de Bagdá - atende a uma solicitação da Guarda Nacional e da polícia do Iraque. "Eles estão tentando restaurar a ordem em Najaf porque não há ordem lá, há o caos", disse.

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