EUA concluem revisão que pode tirar Cuba da lista de países que apoiam o terrorismo

Na Jamaica, Obama diz que Departamento de Estado já enviou recomendação sobre o tema, mas que ainda não tomou decisão

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Por Cláudia Trevisan e Cidade do Panamá
Atualização:

CIDADE DO PANAMÁ - O presidente dos EUA, Barack Obama, disse na manhã desta quinta-feira, 9, que o Departamento de Estado concluiu o processo de revisão que pode levar à exclusão de Cuba da lista de países que patrocinam o terrorismo, mas ressaltou que ainda não recebeu uma recomendação formal sobre o assunto.

Existe a expectativa de que Obama anuncie a retirada de Cuba da relação durante a Cúpula das Américas, que ocorre nestas sexta e sábado no Panamá. A decisão é crucial para o processo de reaproximação entre os dois países iniciado em dezembro e para a abertura de embaixadas recíprocas. 

Obama fez reunião bilateral com a premiê jamaicana,Portia Simpson-Miller, em Kingston Foto: Jonathan Ernst/REUTERS

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"Eu não farei um anúncio formal hoje sobre quais são as recomendações", disse Obama, ressaltando que ainda não as havia recebido. O processo de exclusão da lista exige uma recomendação do Departamento de Estado ao presidente, que deve comunicar sua decisão ao Congresso. Os parlamentares têm 45 dias para analisar a medida e podem rejeitá-la nesse prazo. 

Em declarações da Jamaica - onde teve uma reunião bilateral com a premiê da ilha Portia Simpson Miller - , antes de embarcar ao Panamá, o presidente afirmou que a recomendação do Departamento de Estado foi encaminhada à Casa Branca, onde deve ser avaliada por outras agências antes de ser apresentada a ele. 

Na avaliação de Obama, o processo de reaproximação com Cuba está ocorrendo dentro do esperado. "Eu nunca antecipei a possibilidade de que Cuba seria transformada imediatamente, da noite para o dia", declarou, segundo relato da imprensa que acompanha sua viagem, distribuído pela Casa Branca. 

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