
28 de novembro de 2010 | 18h44
WASHINGTON - Os EUA disseram neste domingo, 28, estar consultando a Coreia do Sul e o Japão sobre a possibilidade serem iniciadas conversas de emergência sobre a crise da Coreia do Norte, conforme proposto pela China. Washington, porém, pediu novamente que Pequim aja contra "as provocações de Pyongyang".
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Entenda a crise entre os dois países
"As conversas de seis partes não podem substituir as ações da própria Coreia do Norte para cumprir com suas obrigações internacionais", disse um porta-voz do Departamento de Estado dos EUA. "Pedimos à China que exija da Coreia do Norte que cesse as provocações a aja com responsabilidade pelo interesse da paz e da estabilidade".
A crise entre Coreia do Norte e Coreia do Sul de acirrou na última semana devido à troca de disparos realizada entre os dois países. Tiros de artilharia norte-coreanos atingiram a ilha sul-coreana de Yeonpyeong e mataram dois militares e dois civis.
Desde então, ambos os países trocaram ameaças e se colocaram em alerta e prontos para atacar. Os EUA têm pressionado a China, principal aliado da Coreia do Norte, para intervir nas tensões. O ataque norte-coreano foi condenado pela comunidade internacional. Pyongyang, por sua vez, diz que Seul atacou primeiro.
A Coreia do Sul afirmou estar fazendo exercícios militares, mas nega ter disparado em direção ao vizinho do norte. Os sul-coreanos iniciaram neste domingo exercícios militares em conjunto com os EUA em resposta aos disparos norte-coreanos. Pyongyang e Pequim rejeitaram a iniciativa e disseram que as manobras deixam a região abeira da guerra.
Os dois países se encontram tecnicamente em conflito desde que a Guerra da Coreia (1950-1953) foi encerrada pelo armistício em vez de um tratado de paz. Desde então, o acirramento das tensões entre as duas nações asiáticas é frequente.
Um dos episódios mais recentes dos atritos entre os países foi o afundamento do navio sul-coreano Cheonan. Seul acusa Pyongyang de estar por trás do ataque, que matou 46 marinheiros. A Coreia do Norte, que está sob pressão pelas suspeitas de estar ampliando seu programa nuclear, nega.
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