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EUA cortam acesso de banco iraniano a seu sistema financeiro

Segundo o governo, medida serve para impedir o possível financiamento a ações terroristas

Por Agencia Estado
Atualização:

O Departamento do Tesouro dos Estados Unidos cortou o acesso do banco iraniano Saderat a qualquer tipo de transação no país para impedir o possível financiamento terrorista, anunciou nesta sexta-feira o governo americano. Stuart Levey, subsecretário para temas terroristas do Tesouro, fez o anúncio em discurso pronunciado em um almoço com a imprensa no American Enterprise Institute, um centro conservador com sede em Washington. Levey, que viajará à Europa este fim de semana para manter negociações sobre como endurecer o acesso do Irã ao sistema financeiro global, disse que o terrorismo ainda é uma grande ameaça, cinco anos após os atentados de 11 de setembro de 2001. O subsecretário ressaltou que o mundo deveria ficar preocupado. "Hoje cortamos o acesso de um dos maiores bancos estatais iranianos, o Banco Saderat, ao sistema financeiro americano", assegurou Levey. As instituições financeiras iranianas não têm permissão para ter acesso diretamente ao sistema americano, mas podem fazê-lo indiretamente através de um banco de outro país. A decisão adotada nesta sexta-feira significa que os EUA fecharam este canal ao Banco Saderat, segundo Levey, que informou que a medida não é aplicável, por enquanto, a outros bancos iranianos. O anúncio representa o último esforço do governo americano para aumentar a pressão sobre o Irã. Os EUA querem que as Nações Unidas imponham sanções sobre o país, a menos que o Irã suspenda seu plano de enriquecimento de urânio, algo que, por enquanto, não está nos planos de Teerã. A Casa Branca insistiu em várias ocasiões em que o Irã financia atividades terroristas de grupos como o Hezbollah. Levey afirmou nesta sexta que, desde 2001, um grupo controlado pelo Hezbollah, que não identificou, recebeu US$ 50 milhões diretamente do Irã através do Banco Saderat. O funcionário do Tesouro assegurou também que o Irã usou o banco, que conta com 3.400 filiais, para transferir dinheiro a outros grupos, como o Movimento para a Resistência Islâmica (Hamas) e a Jihad Islâmica Palestina.

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