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EUA criaram rede de espionagem, diz jornal

Segundo o 'Washington Post', após o 11/9 o FBI e as agências de segurança coletaram dados de americanos e estrangeiros

Atualização:

O jornal Washington Post revelou ontem que o governo dos EUA colocou em funcionamento uma grande rede nacional de espionagem para coletar dados de seus cidadãos após os atentados de 11 de setembro de 2001. O esquema envolve o FBI, polícias locais, agências de segurança nacionais e investigadores militares na coleta informações de americanos e estrangeiros - muitos jamais acusados formalmente de crimes pela Justiça. Segundo o jornal, ao todo, existem mais de 4 mil organizações federais, estaduais e locais, das quais pelo menos 935 foram criadas depois dos atentados do 11 de Setembro. Cada agência tem sua responsabilidade e jurisdição na luta antiterrorista.Segundo o jornal, o custo da rede de espionagem é difícil de avaliar, mas o Departamento de Segurança Interna concede, desde 2003, subsídios de US$ 31 bilhões a governos locais e estaduais para a área de segurança. "A intensidade da atividade contraterrorista significa que o governo atingiu um novo nível de fiscalização", diz o Post. A reportagem é resultado de longa investigação com base em mais de cem entrevistas e mil documentos.O jornal afirma que o FBI já teria acumulado 162 mil arquivos contendo "atividades suspeitas" de dezenas de milhares de americanos. "É uma porta aberta para todos os tipos de abusos", criticou o ex-agente Michael German. O FBI garante que não há risco de vazamentos.

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