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EUA: democratas chegam a acordo sobre retirada do Iraque

Além de prever início da retirada para outubro, projeto, com um orçamento de US$ 124 bilhões, reserva mais 90 bilhões para conflitos no país e no Afeganistão

Por Agencia Estado
Atualização:

Os líderes democratas do Congresso dos Estados Unidos aprovaram na segunda-feira, 23, uma versão comum do projeto de lei sobre o financiamento das guerras do Iraque e do Afeganistão. A proposta estabelece que a retirada das tropas deve começar em 1 de outubro e terminar seis meses depois. Fontes legislativas informaram que Harry Reid, líder do Senado, e Nancy Pelosi, que lidera a maioria na Câmara de Representantes, esperam concluir o projeto na sexta-feira. Na próxima semana, o texto será enviado ao presidente Bush, que promete vetar. O acordo foi fechado durante uma reunião de negociadores do Senado e da Câmara. Os republicanos se abstiveram de opinar e de propor mudanças. "Sabemos que o projeto não vai a lugar algum", comentou o legislador Jerry Lewis, em referência ao veto presidencial. A aprovação foi anunciada depois de Reid avisar que o Congresso "não fará ouvidos de mercador" ao que chamou de "incompetência e desonestidade" do governo Bush. Reid também acusou Bush de não querer ver a realidade do que ocorre no Iraque depois de mais de quatro anos de intervenção. Já morreram mais de 3.200 soldados dos EUA no território iraquiano. No entanto, a Casa Branca insiste que Bush vetará qualquer medida que contenha condições para a condução da Guerra do Iraque. "O Congresso tem muito a trazer ao debate sobre a guerra, mas quem se nega a ver a realidade é Reid", disse a porta-voz da Casa Branca, Dana Perino. Os EUA enfrentam no Iraque "um inimigo brutal e sanguinário" e por isso fixar uma data de saída "é uma derrota e uma sentença de morte" para o povo iraquiano, acrescentou. Além de propor a retirada gradual das tropas, o projeto, com um orçamento de US$ 124 bilhões, reserva mais de US$ 90 bilhões para os conflitos no Iraque e Afeganistão.

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