EUA devem apresentar resolução para desarmar Hezbollah

Apesar dos países estarem à espera do mandato das forças de paz, Bolton diz que resolução não deve atrasar envio imediato de tropas

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

Os EUA irão apresentar ao Conselho de Segurança uma resolução que exige o desarmamento do Hezbollah, o que não deve atrasar o envio rápido da força multinacional, declarou o embaixador dos EUA na ONU, John Bolton, nesta segunda-feira. Bolton disse que o destacamento de uma tropa ampliada das Nações Unidas para o Líbano é a prioridade, ante a fragilidade do cessar-fogo iniciado em 14 de agosto, assim que a resolução 1701 da ONU determinou a ampliação do contingente atual, de 2 mil soldados, para 15 mil. A ONU deseja contar ao menos com 3.500 soldados no sul do Líbano até o dia 28 de agosto, mas as nações que poderiam enviá-los tem expressado preocupação quanto aos deveres e meios que as tropas terão, especialmente no que diz respeito ao desarmamento do Hezbollah. Ainda que muitas nações islâmicas tenham prometido soldados para a nova força, até agora não houve promessas de grandes contingentes por parte das nações européias. Os EUA consideram tropas européias importantes para manter o equilíbrio das forças de paz. A União Européia tem um encontro programado para quarta-feira para discutir as contribuições para a força de paz, denominada Finul. Ainda não se sabe se uma resolução sobre o desarmamento do Hezbollah poderia resolver o impasse. Nesta terça-feira, o presidente dos EUA, George Bush, também mencionou que seria feita a resolução do desarmamento do Hezbollah, ao anunciar um pacote de ajuda para o Líbano. De qualquer forma, funcionários norte-americanos disseram que os EUA ainda nem começaram a fazer a resolução. Esta segunda-feira, o premiê italiano, Romano Prodi, reiterou as intenções da Itália em liderar as forças de paz, mas pediu por uma segunda resolução da ONU, que daria um "mandato preciso, com conteúdos melhor definidos e uma definição muito clara dos aliados".

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.