Para EUA, bombardeio a hospital do MSF foi combinação de erros humanos e técnicos
Informações foram obtidas a partir de uma investigação interna do Pentágono; relatório de quase 3 mil páginas será revelado nesta quarta-feira no Afeganistão
Por Redação
Atualização:
WASHINGTON - Uma combinação de erros humanos e técnicos provocou o bombardeio dos EUA a um hospital da organização Médicos sem Fronteiras (MSF) na cidade de Kunduz, no Afeganistão. A informação foi obtida a partir de uma investigação interna do Pentágono que será divulgada nesta quarta-feira, 25, mas que foi antecipada pelo jornal The New York Times.
Um funcionário do alto escalão do Pentágono, que falou sob condição de anonimato, disse ao jornal americano que o ataque equivocado ocorreu em razão de uma "combinação de fatores".
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As descobertas do relatório de quase 3 mil páginas elaborado pelo Pentágono sobre o bombardeio do dia 3 de outubro, no qual morreram 30 pessoas, em sua maioria médicos e pacientes do hospital, serão reveladas hoje em um evento no Afeganistão.
Segundo fontes militares consultadas pelo The New York Times, o helicóptero de combate das Forças Especiais dos EUA que liderou a operação tinha a intenção de atacar uma instalação usada como centro de operações dos talibãs em Kunduz.
A tripulação do helicóptero não conseguiu localizar o prédio por meio das coordenadas recebidas e se baseou na descrição oferecida no terreno por tropas afegãs e militares americanos. Com base nessas informações, o hospital do MSF foi bombardeado equivocadamente.
O ataque aéreo ocorreu na contraofensiva das tropas afegãs para recuperar a cidade de Kunduz das mãos dos talibãs. A invasão foi a maior conquista militar dos insurgentes desde o fim de seu regime, após a invasão dos EUA em 2001.
O presidente americano, Barack Obama, pediu desculpas à organização, e a Comissão Internacional Humanitária de Genebra iniciou uma investigação independente.
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O Pentágono, por sua vez, admitiu que o bombardeio ao hospital foi um "erro" que passou pela cadeia de comando americano. /EFE
Atos do Médicos Sem Fronteiras pelo mundo marcam um mês do ataque a hospital em Kunduz
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Atos do Médicos Sem Fronteiras pelo mundo marcam um mês do ataque a hospital em Kunduz
Apesar de os EUA terem se desculpado pelo ataque e estarem conduzindo uma investigação,oMédicos Sem Fronteiras quer que uma comissão humanitária indep... Foto: REUTERS/Denis BalibouseMais
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Membros do Médicos Sem Fronteiras seguram macas durante ato de homenagem em Genebra Foto: Salvatore Di Nolfi/Keystone via AP
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Atos na Bélgica lembram um mês do ataque ao hospital do MSF Foto: REUTERS/Eric Vidal
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Jason Cone, diretor-executivo da divisão americana do Médicos Sem Fronteiras discursa na Union Square, em Nova York, para lembrar o bombardeio a hospi... Foto: Andrew Burton/AFPMais
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Membros do Médico Sem Fronteiras fazem ação em Genebra em homenagem às vítimas doataque ao hospital em Kunduz, no Afeganistão, que completa um mês Foto: REUTERS/Denis Balibouse
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Membros do Médicos Sem Fronteiras se reúnem em Genebra para lembrar um mês do ataque em Kunduz, e seguram placas com os dizeres"Parem de bombardear ho... Foto: Salvatore Di Nolfi/Keystone via APMais
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Membros do Médico Sem Fronteiras seguram placas em que se lê "Até guerras têm regras" Foto: REUTERS/Denis Balibouse
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Belgas comparecem aevento organizado pelo MSF Foto: REUTERS/Eric Vidal
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Membros e voluntários do Médicos Sem Fronteiras se reúnem na praia de Copacabana e prestam homenagensàs vítimas do ataque Foto: EFE/Antonio Lacerda
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Brasileiros lembram um mês do bombardeio a hospital do MSF Foto: EFE/Antonio Lacerda
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Brasileiros se emocionam em ato do MSF Foto: EFE/Antonio Lacerda