EUA dizem que reconciliação no Iraque não inclui Al Qaeda

Plano de reconciliação foi apresentado pelo primeiro-ministro iraquiano e prevê anistia para rebeldes

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Por Agencia Estado
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O embaixador dos Estados Unidos em Bagdá, Zalmay Jalilzadeh, anunciou hoje que o plano de reconciliação apresentado pelo primeiro-ministro do Iraque, Nouri al-Maliki, está aberto a todos, exceto ao braço iraquiano do grupo terrorista Al Qaeda. Durante entrevista coletiva na capital iraquiana, Jalilzadeh disse que a iniciativa está dirigida a todos os insurgentes que estejam dispostos à reconciliação, exceto os integrantes da Al Qaeda e os seguidores do ex-ditador Saddam Hussein. O diplomata americano pediu a "todos os rebeldes que baixem as suas armas e juntem-se ao processo político e democrático desenvolvido no Iraque". O embaixador fez estas afirmações depois que o primeiro-ministro do Iraque apresentou no Parlamento o plano de reconciliação que prevê uma anistia para rebeldes. Maliki alegou que não quer que o Governo tenha "as mãos manchadas de sangue iraquiano". O premier iraquiano se dirigiu na apresentação de seu plano principalmente à insurgência liderada pelos árabes sunitas, que protagonizam a maior parte dos atentados do país. A iniciativa, a primeira desde a derrocada do regime de Saddam Hussein, inclui a promessa de uma anistia para grande parte dos detidos por sua participação na insurgência. Além disso, o plano de Maliki incluirá algumas medidas para reinserir na legalidade os membros do Partido Baath (de Saddam), cuja proibição deixou milhares de pessoas na ilegalidade o que, segundo observadores, os forçou a se unirem à insurgência.

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