EUA e Colômbia acusam Maduro de apoiar dissidentes das Farc 

O governo americano também acusou Maduro de 'fomentar' ações para que os ex-guerrilheiros voltassem à luta armada

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Por Redação
Atualização:

BOGOTÁ - O alto-comissário para a paz da Colômbia, Miguel Ceballos, afirmou nesta quinta-feira, 29, que o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, deu apoio aos líderes dissidentes das Farc que anunciaram hoje o retorno à luta armada. “Por trás de tudo isso há um claro apoio da ditadura de Nicolás Maduro. Queremos ser absolutamente claros sobre isso”, afirmou Ceballos. 

O governo americano também acusou Maduro de "fomentar" ações para que os ex-guerrilheiros voltassem à luta armada. Segundo o enviado dos EUA para a Venezuela, Elliott Abrams, Maduro está impulsionando essas atividades ao deixar que grupos guerrilheiros operem livremente na Venezuela. 

Iván Márquez era negociador de paz das Farc Foto: Pedro UGARTE / various sources / AFP

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“Parte dessa preocupação existe, de novo, porque parece que o regime de Caracas está fomentando esta atividade, cedendo partes do país para operações de guerrilheiros, particularmente do ELN (Exército de Libertação Nacional)”, disse Abrams.

Precisamente, o líder do ELN conhecido como "Uriel", comandante de uma das frentes mais ativas dessa guerrilha no Departamento do Chocó (oeste da Colômbia), elogiou nesta quinta-feira o regresso às armas de vários ex-líderes das Farc.

De acordo com Abrams, a volta às armas desses guerrilheiros "danificará a situação de segurança no oeste da Venezuela e da Colômbia" e "significará que um maior número de migrantes terá de deixar a Venezuela". / EFE