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EUA e Cuba retomam negociações na segunda-feira

EUA e Cuba terão na segunda-feira mais uma rodada de negociações para o restabelecimento de relações diplomáticas, na tentativa de chegar a um acordo que permita o anúncio da abertura de embaixadas nos dois países antes da Cúpula das Américas, em abril, quando os presidentes Barack Obama e Raúl Castro devem se encontrar. As conversas serão realizadas em Havana sob o comando da subsecretária para o Hemisfério Ocidental do Departamento de Estado, Roberta Jacobson, e Josefina Vidal, responsável pelos EUA no Ministério das Relações Exteriores de Cuba. Esse será o terceiro encontro entre ambas desde o início das negociações, em janeiro.

Por CLÁUDIA TREVISAN , CORRESPONDENTE e WASHINGTON
Atualização:

Os manifestantes se concentraram na Praça do Ciclista Foto: Sebastião Moreira/EFE

Vidal e Jacobson se reuniram em Washington há duas semanas e fizeram uma avaliação positiva do andamento das discussões. À diferença das conversas anteriores, anunciadas com antecedência, a de segunda-feira foi confirmada apenas ontem. Nas entrevistas que deram após o encontro nos EUA, as duas disseram não saber se seria necessária uma nova rodada de negociações para dirimir as divergências entre os países. Jacobson irá a Havana menos de uma semana depois de os EUA anunciarem a imposição de sanções a sete autoridades da Venezuela acusadas de violação dos direitos humanos e corrupção, medida que foi criticada por Havana. "O governo revolucionário da República de Cuba reitera seu apoio incondicional e de nosso povo à revolução bolivariana, ao governo legítimo do presidente Nicolás Maduro e ao heroico povo irmão da Venezuela", disse nota. Segundo uma fonte do governo Obama, a crítica de Cuba às sanções não afetará as discussões sobre o restabelecimento de relações diplomáticas. A mesma fonte insistiu que esse processo é distinto do que revê a inclusão de Cuba na lista de países que apoiam o terrorismo. Vidal disse que a exclusão de Cuba da lista não é uma condição para o restabelecimento das relações diplomáticas, mas ressaltou que seria "difícil" explicar a abertura da embaixada nessas condições.

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