EUA e Japão decidem manter base naval americana em Okinawa

Países, no entanto, concordaram em transferir a base de Futenma para parte menos populosa da ilha

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Por AP
Atualização:

WASHINGTON- Washington e Tóquio concordaram nesta quinta-feira, 27, em manter uma base americana na ilha japonesa de Okinawa, reafirmando a importância de sua aliança militar e a necessidade de manter tropas dos Estados Unidos no Japão.

 

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Em um comunicado conjunto, os dois aliados concordaram em transferir a base Futenma para Henoko, uma parte menos habitada do sudeste da ilha. A decisão está alinhada a um acordo de 2006, e representa o rompimento de uma promessa do primeiro-ministro japonês, Yukio Hatoyama.

 

Hatoyama assumiu o poder em setembro de 2009 prometendo retirar a base da ilha. Mas após meses de pesquisas e discussões com oficiais americanos e oficiais de Okinawa, o premiê afirmou que a base precisava continuar na ilha.

 

A decisão de Hatoyama enfureceu milhares de habitantes da ilha, que reclamaram de barulho e poluição causados pela base.

 

Oficiais e especialistas em segurança americanos argumentaram que é essencial que a Futenma permaneça em Okinawa porque seus helicópteros e aviões dão suporte a unidades da Marinha localizadas na ilha. Tirar a base de Okinawa poderia atrasar a coordenação e a resposta dos fuzileiros navais em tempos de emergência.

 

As duas nações afirmaram que o estudo do impacto ambiental provocado pela mudança e a construção da nova instalação devem proceder "sem atraso significante".

 

Os EUA e o Japão reconheceram que "uma robusta presença das forças americanas no Japão, inclusive em Okinawa, provisionam a dissuasão e as capacidades necessárias para a defesa do Japão e a permanência da estabilidade regional".

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O comunicado foi assinado pela secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, o secretário de Defesa, Robert Gates, o ministro de Exteriores japonês,Katsuya Okada, e o ministro de Defesa, Toshimi Kitazawa.

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