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EUA e Rússia apóiam liderança da ONU contra o terror

Por Agencia Estado
Atualização:

Estados Unidos e Rússia apoiaram de imediato a convocatória emitida hoje pelo secretário-geral das Nações Unidas, Kofi Annan, para que a organização assuma um papel mais relevante na luta internacional de longo prazo contra o terrorismo. No entanto, ainda não há um acordo claro sobre os alcances e deveres da ONU. Durante um encontro reduzido da Assembléia Geral das Nações Unidas, Annan declarou que apenas a ONU pode dar "legitimidade mundial" a uma luta de longo prazo contra o "horror indescritível" do terrorismo. Annan conclamou todos os países a cooperar para fortalecer a paz e a segurança internacional, "mediante o fortalecimento dos vínculos entre as nações, e não sujeitando-as a novas tensões". Na semana passada, a Assembléia Geral adiou seu encontro anual de líderes mundiais devido às preocupações com segurança provocadas pelos ataques terroristas de 11 de setembro em Nova York e Washington. No entanto, as 189 nações que formam a ONU continuam adiante em seu programa de trabalho, mas em um ritmo menor. Em apoio a Annan, o chanceler russo, Igor Ivanov, disse à Assembléia Geral que a ONU deve encabeçar qualquer ação mundial contra o terrorismo, e advertiu contra iniciativas que violem leis internacionais. "É necessário fortalecer e melhorar o papel das Nações Unidas como um instrumento indispensável para se manter a paz e a segurança internacionais e para mobilizar as pessoas de todo o mundo contra ameaças novas e sem precedentes" afirmou Ivanov. Por sua vez, Cameron Hume, que ocupa o terceiro posto mais importante na diplomacia americana, disse que "todos os membros da ONU têm um novo e crescente desafio depois de 11 de setembro", o qual deve ser enfrentado com uma resposta mundial. Hume concordou com Annan: "A ONU deve desempenhar um papel internacional na preparação dos esforços a longo prazo da comunidade internacional para vencer este flagelo". E acrescentou: "Este é um momento crucial para as Nações Unidas".

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