EUA e Rússia pedem que Síria destrua armas químicas para evitar ataque

Chanceler russo diz que apoia medida e defende inspeção sobre arsenal proibido

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Por Redação
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MOSCOU  - O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, pediu nesta segunda-feira, 9, que o governo da Síria destrua seu arsenal químico e o submeta a inspeções internacionais. A proposta do principal aliado do regime de Bashar Assad foi divulgada horas depois de o secretário de Estado americano, John Kerry, ter dito que a destruição das armas químicas sírias impediria um ataque americano ao país.

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"Se o estabelecimento de um controle sobre as armas químicas na Síria ajuda a evitar o ataque, a Rússia se somará imediatamente a esse processo para pedir que Damasco coopere e destrua completamente essas armas", disse Lavrov em entrevista coletiva.

Mais cedo, ao lado do secretário de Exterior britânico, William Hague, Kerry disse que a medida evitaria um bombardeio em retaliação ao suposto uso de armas químicas por parte de Assad. O americano ressaltou, no entanto, que considera essa hipótese pouco provável.

"Assad poderia entregar cada uma de suas armas químicas à comunidade internacional na próxima semana", disse Kerry, ao ser questionado por um repórter se havia alguma coisa que o governo de Assad poderia fazer para evitar um ataque. "Entregar tudo, sem demora, e permitir a contabilidade completa e total (das armas), mas não parece que ele fará isso."

Segundo Kerry, a ação na Síria deverá ter como alvo a capacidade de armas químicas. "Nós não estamos falando de guerra, nós não vamos para a guerra", disse o chefe da diplomacia americana, em uma coletiva de imprensa ao lado do ministro de Relações Exteriores do Reino Unido, William Hague.

Ainda que o secretário de Estado tenha dito que o conflito sírio precisa de uma solução política e uma "resolução não será encontrada no campo de batalha", ele defendeu que a ação militar é necessária para forçar Assad a entrar em negociações. "Uma forte resposta internacional é necessária para garantir que atrocidades como as cometidas por Assad contra o seu próprio povo não aconteçam novamente". /AP e REUTERS

 

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