EUA e Rússia traçam plano de cooperação militar

Foi a primeira visita do general Peter Pace a Moscou em quase 3 anos

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Por Agencia Estado
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Dois altos comandantes militares, um russo e um americano, se reuniram em Moscou nesta segunda-feira para discutir laços militares bilaterais, que, segundo o general russo, teria a intenção de assinar um plano de cooperação nos próximos anos. Foi a primeira visita do general Peter Pace, dos Fuzileiros Navais, à Rússia desde que foi indicado para encabeçar, ano passado, a Junta de Chefes de Equipe. "Eu vim para ouvir e aprender sobre as formas que podemos tratar relações militares tanto para a Rússia quanto para os EUA", disse Pace antes de as delegações começarem a reunião em uma sala de conferências do Ministério da Defesa. Seu colega russo, general Yuri Baluyevsky, disse que os dois iriam assinar um documento mostrando as previsões de cooperação militar Rússia-EUA para 2007. Não foram divulgados detalhes do plano de cooperação. O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, disse que os inimigos Guerra Fria carregam a maior parte da responsabilidade por apoiarem a segurança estratégica no mundo. "Este é uma responsabilidade singular, e outros países olham para nós com a esperança de que continuares a apoiá-los", disse ele, segundo informaram agências de notícias russas. Baluyevsky disse que a análise russa e americana de muitos assuntos foi "muito próxima", mas também afirmou que os dois altos oficiais iriam discutir "problemas os quais precisam de soluções e adotar estas soluções o mais rápido possível". Nenhum dos dois quis elaborar estes problemas na frente de repórteres, mas o general americano disse que não havia dúvida de que "juntos podemos achar soluções adequadas". "Estou ansioso por uma cooperação militar para mostrar, através de sua transparência, o potencial destas duas nações andarem lado a lado no futuro", disse Pace. A Rússia tem sido altamente crítica da campanha liderada pelos EUA no Iraque, enquanto os americanos têm criticado a cooperação russa na questão nuclear iraniana.

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