PUBLICIDADE

EUA e Seul estudam nova forma de desarmar Pyongyang

Por AE-AP
Atualização:

Os Estados Unidos e a Coreia do Sul estudam uma estratégia "abrangente" para persuadir a Coreia do Norte a desmantelar seu programa de armas nucleares. O secretário de Estado assistente norte-americano, Kurt Campbell, discutiu a nova estratégia com o enviado para assuntos nucleares sul-coreano, Wi Sung-lac, durante as negociações hoje, disse o porta-voz do Ministério do Exterior, Tae-young. Campbell falou pela primeira vez a respeito da ideia no sábado, dizendo que os EUA e seus parceiros estariam preparados para oferecer "um pacote abrangente que seria atraente" para a Coreia do Norte se o país retornar ao diálogo sobre equipamentos nucleares e tomar medidas irreversíveis para se desarmar.A possibilidade de uma nova abordagem ocorre enquanto o regime comunista endurece seu boicote às negociações nucleares internacionais após realizar seu segundo teste de armas atômicas e de ter lançado um teste com mísseis em desafio às sanções da Organização das Nações Unidas (ONU). O ministro do Exterior sul-coreano, Yu Myung-hwan, disse aos legisladores hoje que a abordagem do pacote teria como objetivo resolver todas as questões de uma vez ao colocar todas as obrigações e exigências norte-coreanas na mesa. Yu não deu maiores explicações, mas afirmou que desarmar a Coreia do Norte em fases, a forma como as conversações têm sido conduzidas até agora, é difícil, porque Pyongyang pode voltar atrás das medidas que tomou. "Nós não podemos usar o mesmo padrão das negociações anteriores" de recompensar a Coreia do Norte por medidas parciais de redução de seu arsenal nuclear, disse o porta-voz do ministério. "Nós pretendemos continuar as consultas com países relacionados para alcançarmos uma solução abrangente", afirmou.A Coreia do Norte concordou, em fevereiro de 2007, em neutralizar seu reator nuclear como um passo na direção do desmantelamento completo em troca de ajuda energética e concessões políticas. Porém, um ano mais tarde, Pyongyang retomou o processo e abandonou o pacto de inspeção de suas atividades nucleares depois de ter recebido a maior parte da ajuda energética e as concessões, como a remoção do país da lista negra norte-americana dos Estados que financiam o terrorismo.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.