
20 de agosto de 2011 | 00h00
A proposta de resolução deve circular na próxima semana, após reunião da Comissão de Direitos Humanos. Na tarde de ontem, houve uma reunião na missão britânica na ONU, em Nova York, da qual participou a embaixadora do Brasil, Regina Dunlop. Na reunião, os países europeus discutiram alguns pontos que poderiam ser incluídos no texto, como embargo de armas e congelamento de ativos de autoridades sírias no exterior. O Itamaraty, por enquanto, não tem uma posição.
Para EUA, Grã-Bretanha, França e Alemanha, o apoio do Brasil a uma resolução seria fundamental não apenas por ser um país democrático e emergente, mas também porque demonstraria a Moscou que os russos estão isolados. Europeus e americanos duvidam que a China use seu poder de veto.
Em comunicado, a chancelaria da Rússia afirmou que "não apoia os pedidos (para a saída de Assad) e acredita ser necessário dar ao regime sírio um tempo para realizar as reformas prometidas". A Síria é um aliado estratégico da Rússia desde os tempos da Guerra Fria e o porto de Latakia é usado como entreposto militar dos russos. Sem o consenso para uma resolução, EUA e União Europeia vêm adotando sanções unilaterais.
No Conselho de Direitos Humanos da ONU, o Brasil assinou um pedido para convocar uma sessão especial sobre a crise síria. Brasília já havia apoiado uma missão da ONU para investigar as denúncias de violações, mas a entrada dos investigadores foi proibida por Assad.
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