17 de maio de 2011 | 19h51
WASHINGTON - Os EUA e a União Europeia afirmaram nesta terça-feira, 17, que estão preparando sanções contra os líderes da Síria. O alerta foi dado no momento em que o governo americano aumentou as críticas a Damasco e pela primeira vez sugeriu que o regime da família Assad deve terminar.
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A secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, e a chefe da diplomacia da União Europeia, Catherine Ashton, disseram que Washington e Bruxelas estavam revisando sanções e as aplicariam rapidamente. "Conversaremos sobre medidas adicionais nos próximos dias", disse Hillary. "Haverá uma série de ações nos próximos dias", completou Catherine.
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Autoridades dos EUA disseram que as sanções seriam anunciadas durante ou mesmo antes de um discurso a ser feito pelo presidente Barack Obama na quinta-feira sobre as revoluções no Oriente Médio e no norte da África. Quais seriam tais medidas, porém, não foi especificado. Washington e Bruxelas já impuseram sanções sobre figuras do governo sírio, mas não sobre o presidente Bashar Al-Assad, considerado o principal responsável pela violência nas ruas.
As declarações das diplomatas coincidiram com uma mudança de postura dos EUA em relação à Síria. O porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, disse que a Síria deveria passar por reformas democráticas. "Os recentes eventos no país provam que o país não pode voltar à situação de antes. O futuro da Síria só será seguro se houver um governo que seja reflexo da vontade do povo", disse Carney, acrescentando que o tempo está acabando para que Damasco promova mudanças.
Catherine a Hillary concordaram que deve haver mudanças. "Isso é extremamente urgente e se o governo, como diz que quer, pretende algum tipo de mudança, isso deve ocorrer agora", disse a diplomata europeia.
Mais de 850 pessoas morreram nos confrontos entre os manifestantes e as forças de segurança na Síria, segundo grupos de ativistas. Os sírios marcham por mais liberdade política no país, governado por Assad há mais de uma década. Damasco é considerado um dos governos mais rígidos do Oriente Médio.
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