EUA elogiam declaração oficial da AIEA sobre o Irã

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Por Agencia Estado
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Numa decisão considerada "muito positiva" pelo governo dos Estados Unidos, a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) exigiu hoje do Irã, em declaração oficial, acesso irrestrito e incondicional a suas instalações nucleares. "Esperamos uma cooperação irrepreensível das autoridades iranianas, que devem aceitar um novo protocolo para inspeções sem restrições", insistiu Mohamed el-Baradei, diretor da AIEA, entidade subordina à Organização das Nações Unidas. O texto, publicado ao fim de uma reunião de quatro dias do Conselho de Governadores da AIEA, é resultado de forte pressão da Casa Branca, que acusa o regime iraniano de desenvolver um programa militar nuclear - a exemplo da Coréia do Norte. "É uma declaração muito positiva, que reflete as inquietações ressaltadas por nós sobre o programa iraniano", reagiu o porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Philip Reeker. O Irã insiste em que seu programa nuclear é inteiramente voltado para a produção de energia elétrica. Mas há várias questões preocupantes para as quais a AIEA exige resposta. Eis algumas delas: Importações de urânio não declaradas - Em 1991, o Irã importou 18 toneladas de urânio e não informou à AIEA. Teerã informou a AIEA em maio último sobre um plano de construir um reator nuclear de água pesada em Arak que a imprensa mundial noticiou em 2002. O plutônio obtido por esse processo é a matéria-prima da bomba atômica. Instalação para enriquecimento de urânio não declarada - Em Natanz, há uma pequena fábrica com mil centrífugas. Há planos para construção de outra com 50 mil para enriquecer urânio em grande escala. O Irã transformou urânio natural em metal. Esse tipo de urânio é um ingrediente-chave na produção de armas.

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