20 de janeiro de 2010 | 20h51
Os Estados Unidos anunciaram nesta quarta-feira que estão enviando outros quatro mil militares, marinheiros e fuzileiros, ao Haiti para participar de operações de ajuda às vítimas do terremoto.
A medida elevará o número de militares americanos envolvidos no Haiti para cerca de 16 mil.
Os três navios da esquadra USS Nassau Amphibious Ready Group, que deixaram o porto de Virgínia na segunda-feira para missões de rotina, foram desviados para o Haiti.
A esquadra "fornecerá uma série de possibilidades para o uso de helicópteros e lançamento de veículos anfíbios, aumentando significativamente a capacidade de distribuir suprimentos aos que mais necessitam", disse um comunicado da Marinha americana.
O comunicado diz ainda que os fuzileiros "vão aumentar a segurança" para as operações de assistência no solo haitiano.
Críticas
Os primeiros fuzileiros americanos enviados ao Haiti levaram pesados equipamentos e outros suprimentos à capital do país, Porto Príncipe.
Os Estados Unidos foram criticados pela forma como lidaram com operações de resgate, em especial o controle do aeroporto de Porto Príncipe.
A organização Médicos Sem Fronteiras disse que um de seus aviões carregando 12 toneladas de suprimentos médicos foram impedidos de aterrissar no aeroporto três vezes desde domingo e que cinco pacientes teriam morrido por falta destes medicamentos.
"Tivemos que comprar uma serra no mercado para continar a realizar amputações", disse Loris de Filippi, médica do grupo atuando na favela de Cite Soleil.
O porta-voz militar americano Douglas Fraser insistiu que as forças dos EUA estão fazendo "tudo em nosso poder para levar ajuda ao Haiti o mais rápido possível".
Ele disse que os militares americanos pretendem começar a usar outros dois aeroportos, na cidade haitiana de Jacmel e em San Isidro, na República Dominicana.
Segundo outro porta-voz militar americano, o país já distribuiu 400 mil garrafas de água e 300 mil refeições.
Mais cedo, na quarta-feira, o governo haitiano havia dito que a entrega da ajuda permanece sendo umdos principais problemas.
O presidente René Preval disse que a ajuda chegou "muito rápido" mas faltam "caminhões para transportá-la" e depósitos para guardá-la.BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.
Encontrou algum erro? Entre em contato