EUA esperam queda de 25% da imigração do México em junho 

Segundo secretário americano de Segurança Interna, queda deve ser de 25%, graças ao cerco das autoridades mexicanas aos centro-americanos

PUBLICIDADE

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

WASHINGTON - As prisões ao longo da fronteira dos EUA com o México devem cair 25% este mês, segundo o secretário interino de Segurança Interna, Kevin McAleenan. Ele atribuiu essa redução ao cerco das autoridades mexicanas aos imigrantes da América Central e à expansão de programas que exigem que postulantes a asilo dos EUA esperem pelo julgamento de seus pedidos fora do território americano. 

Tendas em centro de Proteção de Fronteiras em Clint, Texas,abrigam centenas de crianças imigrantes em condições insalubres, segundo grupos de defesa dos direitos humanos Foto: Ivan Pierre Aguirre/The New York Times

PUBLICIDADE

Autoridades dos EUA detiveram mais de 144 mil pessoas na fronteira em maio, o mais alto número desde 2006. Após o presidente Donald Trump ameaçar impor tarifas às exportações mexicanas, o presidente Andrés Manuel López Obrador concordou em enviar milhares de soldados para interceptar imigrantes e prevenir entradas ilegais do México para os EUA. 

“Está claro que nas últimas três semanas, desde que o governo alcançou um novo acordo com o México, temos visto um aumento substancial no número de interdições na fronteira sul mexicana”, disse McAleenan a jornalistas nesta sexta-feira, 28. 

O secretário interino elogiou os congressistas por terem aprovado, na quinta-feira, US$ 4,6 bilhões em fundos de emergência para apoiar financeiramente instalações ao longo da fronteira entre EUA e México, um raro acordo bipartidário no atual Congresso americano. 

McAleenan afirmou que os fundos serão usados para melhorar as condições dos superlotados centros de processamento e detenção de imigrantes. O acordo foi aprovado em meio a uma crescente crise pelas condições dos alojamentos dos menores, algumas vezes sem sabonetes, pasta de dentes ou chuveiros, com pouca supervisão de adultos e comida insuficiente. 

‘Dreamers’ 

A Suprema Corte americana decidiu ontem examinar se o presidente Trump pode cancelar o programa Ação Diferida para Chegadas na Infância (DACA), que protege da deportação centenas de milhares de imigrantes que chegaram ilegalmente ao país quando crianças (os chamados “Dreamers”).

Publicidade

O Supremo, com uma maioria conservadora, informou ter concordado em abordar três decisões de primeira instância que bloquearam a iniciativa de Trump de encerrar, em 2017, o DACA, criado em 2012 por seu antecessor, Barack Obama. O programa protege quase 700 mil “Dreamers” dos 1,8 milhão estimados nos EUA. / W. POST e AFP 

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.