18 de março de 2011 | 17h00
WASHINGTON - A secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, disse nesta sexta-feira, 18, que seu país está "alarmado com a violência" dos protestos do Iêmen e pediu que as forças iemenitas exerçam a "máxima moderação" para lidar com as manifestações contra o governo do presidente Ali Abdullah Saleh.
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"Os EUA estão alarmados pela violência de hoje (sexta) contra os manifestantes em Sanaa e querem verificar os relatos de que ela seria resultado da ação das forças de segurança", disse a diplomata em comunicado, pedindo um diálogo político para atender "às legítimas preocupações do povo iemenita".
O Iêmen, um dos países mais pobres do Oriente Médio, vive protestos contra Saleh há semanas, mas esta sexta foi o dia mais violento desde o início da revolta. Os confrontos na capital deixaram 41 mortos e centenas de feridos. Segundo a agência de notícias AFP, o tiroteio começou quando os policiais tentaram impedir os manifestantes de marchar para fora da praça onde estavam concentrados. Devido ao aumento da violência, o governo decretou estado de emergência em Sanaa.
Os manifestantes acampam há mais de um mês em praças por todo o Iêmen, inspirados pela revolução egípcia que tomou todo o Oriente Médio. Além da renúncia do presidente, os manifestantes pedem mais oportunidades de emprego e o fim da corrupção. Antes das mortes desta sexta, outras 30 pessoas já haviam morrido desde o início dos protestos.
Saleh propôs adotar reformas políticas no país, incluindo a separação dos poderes de governo e a adoção de um sistema parlamentarista. A oposição, no entanto, não aceitou dialogar com o presidente. O líder, que está no poder desde 1978, disse anteriormente que pretende deixar a Presidência a partir de 2013.
Com informações da Reuters
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