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EUA exigem que Síria 'pare de massacrar seu próprio povo'

Líderes americanos pedem ação concreta da ONU contra repressão do regime de Bashar Assad

Atualização:

WASHINGTON - O governo dos Estados Unidos condenou com veemência a violenta repressão às manifestações da oposição por parte das forças de segurança da Síria e pediu que o regime do presidente Bashar Assad "cesse o massacre" de seus próprios cidadãos. Nesta segunda-feira, 1º, a cidade de Hama, no oeste do país, sofreu o segundo dia seguido de ataques do Exército.

 

 

O presidente americano, Barack Obama, disse que os últimos ataques nos manifestantes pró-reforma, lançados no início do mês sagrado do islã, o Ramadã, são "ultrajantes". Já a secretária de Estado, Hillary Clinton, afirmou que as ações destacam "a brutalidade do regime de Assad". A diplomata pediu que o Conselho de Segurança das Nações Unidas tome medidas concretas contra o governo sírio.

 

 

O órgão se reuniu a portas fechadas nesta segunda-feira para discutir a situação no país. A reunião de urgência foi solicitada pela Alemanha. O objetivo da reunião é reavivar uma possível resolução contra Damasco, dizem diplomatas ocidentais.

 

 

Obama se encontrou com o embaixador americano na Síria, Robert Ford, que voltou aos Estados Unidos para consultas com o presidente. Em comunicado conjunto divulgado após as conversas, disseram que o país se manteve firme ao lado do povo sírio e apoia suas demandas por direitos universais e pela transição para um governo democrático.

 

Já a secretária Clinton, que planeja se encontrar com membros da comunidade síria-americana na terça, foi mais além e se referiu diretamente ao governo da Assad. "Pedimos que o regime pare com o massacre agora", repetindo que o presidente sírio perdeu sua legitimidade de governar perante o povo.

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As condenações dos líderes americanos ocorrem no momento em que ocorre uma nova escalada de violência na Síria. O Exército tem usado tanques para reprimir os protestos na cidade de Hama, onde ao menos 80 morreram no último domingo. Ativistas dizem que as mortes podem chegar a 140 com as vítimas desta segunda.

 

A população síria tomou as ruas em março para protestar contra a falta de liberdade e a linha-dura do governo de Assad, que está há 11 anos no poder. O governo, porém, respondeu com violência e, segundo ativistas, mais de 1.400 pessoas morreram desde então.

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