EUA fizeram progressos contra a Al-Qaeda, diz Obama

Em revisão de estratégia, presidente anuncia que americanos estão 'no caminho do objetivo'

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Atualização:

Obama faz o pronunciamento ao lado de seu vice, Joe Biden, e de Hillary Clinton.

 

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WASHINGTON - O presidente dos EUA, Barack Obama, disse nesta quinta-feira, 16, que as tropas americanas que atuam no Afeganistão fizeram "progressos significativos" contra a rede terrorista Al-Qaeda, mas admitiu que a batalha no país asiático permanece como um "difícil desafio".

 

As declarações de Obama foram feitas durante o anúncio da revisão da estratégia das tropas americanas no Afeganistão. O presidente afirmou que os militares dos EUA "estão no caminho de seu objetivo" e confirmou que em julho começará uma nova fase na transição do controle da segurança para o governo afegão.

 

Um ano após ter anunciado o aumento das tropas que atuam no Afeganistão, Obama disse que o objetivo dos militares americanos não é "derrotar todas as ameaças à segurança do Afeganistão ou construir o país", mas "desmantelar a rede Al-Qaeda e expulsar o Taleban do país".

 

Obama ainda confirmou que o fim da retirada das tropas americanas deve terminar somente em 2014, quando as autoridades afegãs terão total controle sobre a situação da segurança no país.

 

No Paquistão, porém, Obama admitiu que os progressos "não vieram tão rápido" no que diz respeito a eliminar a ameaça terrorista. O presidente disse que os americanos seguem na ofensiva contra a Al-Qaeda, "uma ameaça aos EUA, ao Paquistão e ao Afeganistão".

 

Seu secretário de Defesa, Robert Gates, afirmou que é cedo para estimar o ritmo da retirada. A secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, rejeitou as insinuações de que o governo Obama estaria apresentando um quadro excessivamente róseo sobre o conflito. "Acho que estamos com um olhar claro e realista", afirmou.

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A Casa Branca divulgou um resumo de cinco páginas em que aponta "ganhos operacionais notáveis" por parte das forças dos EUA e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), contendo o avanço do TalEban em muitas áreas e perturbando a atuação da Al-Qaeda. O texto cita progressos substanciais, mas desiguais, nas relações dos EUA com o Paquistão, país do qual Washington depende para conter o fluxo de militantes na fronteira com o Afeganistão.

 

A guerra no Afeganistão completou 10 anos em 2010. A investida dos EUA e da Otan no país começou após os atentados terroristas de 11 de setembro de 2001.

 

Atualmente, cerca de 100 mil soldados americanos lutam no Afeganistão, além de 40 mil da Otan. Este doi o ano mais mortífero para os EUA no país - 480 militares americanos morreram na luta contra a insurgência. 

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