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EUA garantem aos árabes que continuam buscando a paz

Por Agencia Estado
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Os Estados Unidos garantiram hoje ao mundo árabe que continuarão trabalhando com o líder palestino Yasser Arafat no caminho da paz. Mesmo assim, o sentimento anti-americano e anti-israelense é cada vez mais forte no mundo árabe. Em Bahrein, mais de 3 mil manifestantes promoveram uma passeata de uma mesquita na capital Manamá até o escritório da ONU gritando: "Morte aos EUA e a Israel!". Eles queimaram um boneco representando o primeiro-ministro israelense, Ariel Sharon, e pediram ao governo para fechar a embaixada dos EUA e a base americana na ilha. O QG da 5ª Frota da Marinha dos EUA é localizado em Bahrein. Na Jordânia e Egito, milhares de pessoas saíram às ruas para exigir uma resposta mais dura de seus governos contra Israel. No Iêmen, mais de mil pessoas entraram em confronto com a polícia num protesto na frente da embaixada dos EUA em Sanaa. O Departamento de Estado respondeu a esse sentimento com garantias de que Washington não vai mudar sua política para o Oriente Médio, que pede o estabelecimento de um Estado palestino, a retirada das tropas israelenses da Cisjordânia e Gaza, e uma posição dúbia sobre os assentamentos judeus. "O que estamos ouvindo de nossos amigos no mundo árabe é que eles querem que o comprometimento dos EUA seja sustentado, e podemos dizer a eles é que vamos continuar trabalhando com os israelenses. Vamos continuar nos reunindo com a Autoridade Palestina e sua liderança, presidente Arafat, para tentar seguir neste caminho que traçamos", disse o porta-voz do departamento, Richard Boucher. O secretário de Estado Colin Powell deu essas garantias num encontro hoje com o ministro do Exterior da Tunísia, Habib ben Yahia, e o presidente George W. Bush se reunirá na próxima semana com o rei Mohammed VI do Marrocos e o príncipe herdeiro saudita Abdullah. Powell encontrou-se por duas vezes com Arafat em sua viagem de 10 dias pelo Oriente Médio, e declarou que os EUA e Israel irão lidar com ele como o representante do povo palestino. Críticas dos EUA a Arafat diminuíram, apesar de o presidente Bush ter renovado na quinta-feira seu pedido para que o líder palestino contenha a violência. E enquanto Bush elogiava repetidamente Sharon na quinta-feira, chamando-o de "um homem da paz", ao visitar um complexo de treinamento hoje, o presidente foi mais equilibrado. Ele disse que "uma situação pacífica exige que exista oportunidade para os palestinos, paz para os israelenses". Bush afirmou estar preocupado com as condições de vida dos povos da região. "Acho que é muito importante para todos nós entender que temos de oferecer esperança onde não existe esperança, oferecer uma oportunidade onde parece não haver oportunidade", disse.

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