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EUA ignoram negativas do Irã sobre armas e Al-Qaeda

Por Agencia Estado
Atualização:

A administração Bush rejeitou as negativas do Irã sobre o desenvolvendo armas nucleares ou a presença de fugitivos da Al-Qaeda no país. Mas um destacado senador democrata advertiu a Casa Branca para amenizar a retórica. "Penso que não deveríamos estar mordendo, agora, mais do que podemos mastigar", disse o senador Joseph Biden, o principal democrata no Comitê de Relações Exteriores do Senado. Por seu lado, o porta-voz da Casa Branca, Ari Fleischer, disse que a administração acredita que líderes da Al-Qaeda estejam recebendo refúgio no Irã. Ele também repudiou garantias de Teerã de que seu programa nuclear visa exclusivamente gerar energia para fins civis. "Continua a nos preocupar que uma nação que está inundada de gás e petróleo busque produzir energia nuclear para fins pacíficos", afirmou. Enquanto isso, um grupo de oposição iraniano reafirmou que o Irã tem duas instalações de enriquecimento de urânio, não reveladas, 65 km a oeste de Teerã. Um porta-voz do Conselho Nacional de Resistência do Irã afirmou que eles souberam da existência da instalação através de aliados dentro do país. "Chegou a hora de a política dos EUA ser clara e firme contra o regime iraniano", pediu Alireza Jafarzadeh, numa entrevista coletiva. Também hoje, a Rússia exortou o Irã a oferecer garantias de que não está usando seu programa de energia atômica como cobertura para desenvolver armas nucleares. O Ministério do Exterior russo afirmou que o vice-chanceler Georgy Mamedov reuniu-se hoje com o embaixador iraniano Gholamreza Shafei e expressou preocupação com a existência de "questões sérias, não resolvidas, em relação à pesquisa nuclear iraniana". A escalada de tensão ocorre em meio a um crescente debate dentro da administração Bush sobre qual a política que os EUA devem seguir em relação a um governo com o qual Washington não tem relações diplomáticas há cerca de 25 anos.

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