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EUA impõem sanções econômicas contra chefe do banco central iraniano

Ação faz parte de estratégia do governo Trump para obrigar Teerã a negociar acordo nuclear sob novos termos

Atualização:

WASHINGTON - Os Estados Unidos aumentaram sua pressão financeira sobre o Irã nesta terça-feira, 15, aplicando sanções ao presidente do banco central do país e impedido que pessoas do mundo inteiro façam negócios com a instituição. A decisão reforça a linha dura do presidente americano, Donald Trump, depois de sua decisão de sair do acordo nuclear com Teerã afetando, consequentemente, as grandes potências europeias.

Chefe do banco central iraniano, Valiollah Seif, durante sessão do Parlamento em Teerã, capital do Irã. Foto: AP Photo/Vahid Salemi

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O diretor do banco central iraniano, Valiollah Seif, foi apontado como um "terrorista global especialmente denominado", assim como outro funcionário, Ali Tarzali, que trabalha na divisão internacional da instituição. O Departamento do Tesouro americano acusou ambos de secretamente canalizarem milhões de dólares para ajudar o Hezbollah - considerado um grupo terrorista pelos EUA - através de um banco iraquiano.

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As ramificações das sanções para a economia iraniana não foram detalhadas, mas os EUA disseram que as punições contra Seif não se estendem ao próprio banco central iraniano. Ainda assim, o governo americano afirmou que impôs "sanções secundárias" aos funcionários do banco, o que poderia aumentar significativamente o isolamento do país no sistema financeiro global.

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Geralmente, quando os EUA punem indivíduos com sanções, também proíbem empresas e cidadãos americanos de fazerem negócio com eles. As sanções secundárias também se aplicam a pessoas e empresas não americanas e proíbem a realização de negócios delas com Seif ou Tarzali. Caso o façam, podem ser punidas e impedidas de atuar no sistema financeiro dos EUA.

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As medidas foram colocadas como parte do conjunto de ações do governo Trump para construir uma coalizão global que pressione o Irã a ponto de fazer o país voltar à mesa de negociações e assinar um novo e mais amplo acordo nuclear. / AP

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