PUBLICIDADE

EUA inicia contatos para negociações de paz no O.Médio

Na agenda do enviado, que também visitará Líbano, Egito e Jordânia

Por EFE
Atualização:

O enviado dos Estados Unidos para o Oriente Médio, George Mitchell, começa hoje os contatos com

PUBLICIDADE

israelenses e palestinos para tentar que o Governo israelense paralise a construção nos assentamentos judaicos e a Autoridade Nacional Palestina (ANP) relance as negociações de paz.

 

Mitchell deve se reunir hoje com o ministro da Defesa de Israel, Ehud Barak, com o titular de Exteriores, Avigdor Lieberman, e com o presidente israelense, Shimon Peres, que saiu do hospital esta manhã após um breve desmaio ontem à noite em um ato público em Tel Aviv.

 

A reunião com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, será amanhã, enquanto com os líderes palestinos, entre eles o presidente Mahmoud Abbas, acontecem na terça-feira, segundo fontes oficiais de ambos os Governos.

 

Na agenda do enviado, que também visitará Líbano, Egito e Jordânia, a questão central será a possibilidade de que Israel declare uma moratória na construção nas colônias judias.

 

A paralisação da construção é uma condição da ANP para relançar o processo de paz, após quase nove meses de interrupção.

 

Analistas israelenses e palestinos entrevistados no fim de semana consideraram que é muito provável que Mitchell consiga fechar um acordo para uma cúpula em Nova York entre ambos os lados, mas não se atreveram a assegurar que depois as negociações reiniciem.

Publicidade

 

No entanto, o jornal "Haaretz" informa em sua edição de hoje, de fontes palestinas e europeias, que as negociações serão retomadas no mês que vem sobre a base que no prazo de dois anos se declarará um Estado palestino, em processo que deixará abertas várias questões a posteriores negociações.

 

"As conversas se centrarão inicialmente em determinar as fronteiras definitivas entre Israel e Cisjordânia", diz o "Haaretz".

 

Devido à oposição palestina a fronteiras temporárias após 18 anos de negociações, os EUA farão uma declaração que se trata de "um pré-reconhecimento" do Estado palestino, e que "o acordo final deve se basear nas fronteiras de 1967", sempre segundo o jornal, que deixa aberta a possibilidade para uma troca territorial.

 

No mesmo prazo o estado da Palestina passaria a ser membro com plenos direitos nas Nações Unidas, mas questões mais espinhosas como os refugiados, Jerusalém e a evacuação de assentamentos serão deixadas para mais adiante.

 

Trata-se, segundo o "Haaretz", de um plano inspirado em ideias que o presidente israelense Peres, apresentou a Netanyahu, Mitchell, Mubarak e outros líderes internacionais.

 

O plano inclui também a normalização gradual de relações entre Israel e os países árabes.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.