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EUA já negociariam rendição com generais iraquianos

Por Agencia Estado
Atualização:

Menos de 24 horas depois de ter iniciado ataques localizados contra instalações fortificadas em Bagdá onde poderiam estar Saddam Hussein e as figuras-chave de seu regime, fontes do Pentágono informaram nesta quinta-feira à noite que as forças americanas estavam conduzindo negociações secretas de rendição com oficiais iraquianos, inclusive comandantes da Guarda Republicana ? a unidade de elite das forças armadas do Iraque. A informação foi dada inicialmente pelo secretário Donald Rumsfeld, que exortou os soldados e oficiais iraquianos a não resistir e abandonar Saddam Hussein, dizendo que ?os dias do regime estão contados?. Mais tarde, quando as primeiras forças terrestres já haviam entrado no Iraque, fontes do Pentágono insistiram nessa versão. A possibilidade de um rápido colapso das forças iraquianas foi reforçada tanto pela ausência de maior resistência iraquiana ao avanço das forças americanas e inglesas que invadiram o país, a partir do Kuwait, como pela decisão do Pentágono de suspender temporariamente o ataque aéreo maciço que planejado para ?chocar e pasmar? a defesa iraquiana. O objetivo imediato seria dar algum tempo para os comandantes iraquianos se convencerem sobre a futilidade de lutar contra uma força infinitamente superior, apressar a queda do regime e facilitar o início a fase de ocupação, que promete ser mais complicada do que a guerra. Remover Saddam Hussein do poder poupando o Iraque de tal bombardeio ajudaria Washington a responder pelo menos em parte ao clamor internacional provocado pela invasão do Iraque. Os contatos entre as forças americanas e generais e outros altos oficiais iraquianos começaram há pelo menos três semanas e eram, inicialmente, parte de uma guerra de nervos iniciada para isolar Saddam Hussein. Os dois ataques contra alvos em Bagdá parecem ter sido calculados com esse mesmo objetivo. Veja o especial :

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