EUA lembram vítimas do 11 de Setembro

Obama participou de cerimônias em Nova York, Washington e na Pensilvânia.

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Por Alessandra Corrêa
Atualização:

Os Estados Unidos lembraram neste domingo os dez anos dos atentados de 11 de setembro de 2001 com cerimônias em Nova York, Washington e Shanksville (no estado da Pensilvânia), alvos dos ataques que deixaram quase três mil mortos. Com a segurança reforçada em Nova York, após a descoberta de que a rede Al-Qaeda - responsável pelos atentados de 2001 - planejava novos ataques contra o país para marcar a data, familiares de vítimas, convidados, autoridades e artistas se reuniram desde o início da manhã no Marco Zero, local onde ficavam as Torres Gêmeas do World Trade Center. A cerimônia foi aberta pelo prefeito Michael Bloomberg, que lembrou como, dez anos atrás, uma manhã de "céu azul perfeito" se transformou "na mais escura das noites", e logo em seguida pediu um minuto de silêncio, às 8h46 (9h46 em Brasília), exato momento em que o voo 11 da American Airlines bateu contra a Torre Norte. Logo depois, o presidente Barack Obama leu o Salmo 46 da Bíblia. "Não teremos medo, ainda que os mares se agitem e rujam, e os montes tremam violentamente", diz um trecho da passagem. De acordo com a Casa Branca, Obama escolheu a passagem por considerá-la apropriada, ao falar de enfrentar grandes desafios e emergir ainda mais forte. No sábado, o presidente já havia dito, em seu pronunciamento semanal, que os Estados Unidos estão mais fortes hoje, uma década após os atentados. Obama acompanhou a cerimônia ao lado da primeira-dama, Michelle, e do ex-presidente George W. Bush, que governava o país na época dos atentados, e da ex-primeira-dama Laura Bush. Familiares Assim como nos anos anteriores, familiares se revezaram em uma leitura emocionada dos nomes de todos os mortos nos ataques de 2001 - além das vítimas do atentado de 1993, em que uma explosão no World Trade Center matou seis pessoas. A cerimônia foi pontuada por pronunciamentos de autoridades e apresentações de artistas como Yo-Yo Ma, Paul Simon e James Taylor. Em cinco outros momentos, foram feitos minutos de silêncio para marcar o choque do segundo avião contra a Torre Sul, a queda de cada uma das torres, o choque do voo 77 da American Airlines contra o Pentágono, em Washington, e a queda do voo 93 da United Airlines, em Shanksville. Quem não foi convidado, acompanhou a homenagem do jeito que pode. Do lado de fora da área do Marco Zero - que teve várias ruas bloqueadas por medida de segurança - muita gente se aglomerava para tentar chegar o mais próximo possível do local da cerimônia. Em Times Square, telões transmitiram ao vivo a cerimônia. Nessa parte da cidade, porém, para muitos turistas o domingo era apenas mais um dia como qualquer outro. Memorial Durante a cerimônia, os familiares das vítimas puderam, pela primeira vez, visitar o Memorial do 11 de Setembro, construído no Marco Zero, que será aberto ao público a partir desta segunda-feira. Duas piscinas no mesmo local e do tamanho exato das duas torres do World Trade Center trazem os nomes de todos os mortos nos atentados. Segundo a Casa Branca, Obama se disse "impressionado" com o memorial e "especialmente emocionado" com a leitura dos nomes das vítimas, principalmente aquela feitas por crianças. Em alguns dos momentos mais tocantes da cerimônia, crianças leram os nomes dos pais que não chegaram a conhecer, já que suas mães estavam grávidas em 11 de setembro de 2001. Após deixar Nova York, Obama e a primeira-dama foram para Shanksville, onde depositaram flores no local em que o avião caiu, e seguiram para o Pentágono. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

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