EUA mandam bombardeiros para perto da Coréia do Norte

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Por Agencia Estado
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Os Estados Unidos ordenaram o envio de bombardeiros pesados para bases próximos à Coréia do Norte, com o uso de bombardeiro B-52 na ilha de Guam, no Pacífico, e fará um protesto oficial contra as ?ações temerárias? da nação comunista de utilizar caças de combate MiGs para interceptar aviões de reconhecimento americano. Ontem, quatro caças de combate coreanos chegaram a 15 metros de um RC-135S americano sobre o Mar do Japão, e centraram seus radares na aeronave desarmada. Os MiGs poderiam ter disparado contra o avião dos EUA, pois dispunham de um sistema que os guia através de fontes de calor, e que não utilizam o radar para localizar seus alvos. Isso significa que os disparos poderiam ser feitos sem advertência alguma. De acordo com o porta-voz do Departamento de Defesa, o tenente coronel Jeff Davis, o envio de mais aviões militares para o noroeste da Ásia foi um gesto prudente. ?São medidas de natureza agressiva?, afirmou. Para os EUA, o incidente de domingo foi uma das provocações militares mais perigosas da crise causada pela reativação da produção de plutônio por parte da Coréia do Norte. Os americanos pensam em colocar caças de combate escoltando os aviões de reconhecimento, e não cancelou os vôos. O porta-voz da Casa Branca, Ari Fleischer, disse que o presidente George W.Bush consultará os seus aliados para definir qual a melhor forma de protestar contra o incidente. Bush acredita que a crise pode ser contornada por meios diplomáticos. ?A Coréia do Norte segue atuando de forma provocadora e temerária?, disse Fleischer. A tensão entre Estados Unidos e Coréia do Norte começou em outubro do ano passado, quando o país comunista reativou seus reatores nucleares. Desde então, Washington tem se negado a dialogar diretamente com o líder Pyongyang. A Coréia expulsou os inspetores da Agência Internacional de Energia Atômica, se retirou do Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares. Pyongyang diz que os reatores são para gerar eletricidade, mas os americanos acreditam que a medida tenha fins bélicos.

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