PUBLICIDADE

EUA não encontrarão nada no Afeganistão, diz Khadafi

Por Agencia Estado
Atualização:

O líder líbio, Muamar Khadafi, disse neste domingo (16) que o governo norteamericano tem o direito de se vingar dos ataques terroristas da semana passada, mas questionou se uma guerra como a que está declarada poderá mesmo acabar com o terrorismo. Além disso, alertou: "Eles podem muito bem acertar o Afeganistão, (mas) não há nada no Afeganistão." "Os Estados Unidos têm o direito de se vingar", disse Khadafi na TV líbia, numa rara manifestação de reconhecimento dos direitos norteamericanos. "Mas será que isto acabará com o problema?" Segundo o líder, os EUA "são uma superpotência que pode acabar com o mundo em um dia", mas ocupar o Afeganistão "não parece ser do interesse norteamericano". A Líbia envolveu-se em debates com Washington devido às acusações dos EUA, segundo os quais os líbios apóiam o terrorismo. Porém, após os ataques de terça-feira, Khadafi manifestou sua condenação à devastação e seu apoio às vítimas norteamericanas. Razões Neste domingo, Khadafi disse que as nações de todo o planeta devem se unir e "determinar as razões" pelas quais o terrorismo se desenvolve. Ele pediu aos líbios que sigam o exemplo do líder palestino, Yasser Arafat, e doem sangue às vítimas dos ataques. "O povo norteamericano precisa de sangue. Doe seu sangue", pediu Khadafi. A polícia da Libéria proibiu neste domingo os retratos de Osama bin Laden e determinou que quem for pego com a reprodução de alguma imagem do extremista saudita "será preso e tratado como um terrorista". No dia do ataque aos EUA, algumas gráficas de Monróvia imprimiram retratos de Bin Laden. Parte das autoridades do país condenaram com firmeza o exilado saudita. Cerca de um quinto dos 3 milhões de liberianos são muçulmanos.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.