21 de janeiro de 2010 | 11h04
Mulet assumiu o comando da Minustah após a morte do tunisiano Hedi Annabi no terremoto ocorrido na terça-feira da semana passada. Em meio ao socorro das vítimas, Porto Príncipe vive um mal-estar diplomático entre as tropas da ONU e dos EUA, oficialmente responsáveis apenas pela ajuda humanitária às vítimas.
O controle do aeroporto da capital pelos EUA e a movimentação militar norte-americana para a segurança da região têm incomodado o batalhão brasileiro, que executa, entre outras tarefas, a de monitorar as ruas de Porto Príncipe.
Mulet deixa claro que os EUA devem cumprir o que foi acertado: cuidar apenas da ajuda humanitária. Depois, segundo ele, as tropas norte-americanas terão de deixar o Haiti. "Quando entrarmos na parte da reconstrução do país, a força militar deles não será mais necessária", disse. "Acertamos com o governo americano uma distribuição de responsabilidades. O acordo é esse: as forças da ONU e a polícia do Haiti seguirão cuidando da segurança interna do Haiti."
Mulet afirmou ainda que não acredita que o presidente dos EUA, Barack Obama, ultrapasse os limites desse acordo. "Não é de seu interesse." A entrevista foi concedida na terça-feira, na Base de Logística da ONU em Porto Príncipe, após a cerimônia fúnebre de despedida dos corpos de 17 militares brasileiros mortos no terremoto. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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