EUA não vão concorrer a cadeira no Conselho de Direitos Humanos

Eleição ocorrerá em 9 de maio

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Por Agencia Estado
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Os EUA anunciaram nesta quinta-feira que não apresentarão sua candidatura a um assento na primeira eleição do novo Conselho de Direitos Humanos da ONU, prevista para 9 de maio, embora vá concorrer "provavelmente no próximo ano". Até o momento, 20 países, entre eles o Brasil, já apresentaram suas candidaturas para integrar o Conselho de Direitos Humanos, que vai substituir a Comissão de Genebra, conforme a ONU decidiu no dia 15 de março. Outros candidatos a participar do novo órgão, que terá 47 membros, são Argentina, Argélia, Alemanha, Bangladesh, Geórgia, Grécia, Hungria, Letônia, México, Nicarágua, Paquistão, Peru e Ucrânia. Num comunicado, o Departamento de Estado americano explicou que "a região conta com candidatos fortes, com uma longa trajetória de apoio aos direitos humanos e que votaram a favor da criação do Conselho. A oportunidade de apresentar a candidatura, no momento, é deles". Porém, lembrou que desde a criação das Nações Unidas os EUA têm liderado os esforços para defender os direitos humanos "e continuarão assim". Os EUA se comprometem a cooperar com outros Estados-membros para fazer do Conselho um órgão o mais forte e eficaz possível, acrescentou a nota. "Vamos apoiar e financiar o Conselho. Trabalharemos ao lado de outros membros da comunidade internacional para que o novo órgão se pronuncie sobre casos sérios de abuso dos direitos humanos em países como Irã, Cuba, Zimbábue, Birmânia, Sudão e Coréia do Norte", disse o Departamento de Estado. "Já que a credibilidade do Conselho depende de seus integrantes, os EUA vão defender aqueles realmente comprometidos com a promoção e a proteção dos direitos humanos e que atuarão como membros responsáveis", segundo o comunicado, prometendo uma campanha contra os países que sistematicamente abusam dos direitos humanos. O porta-voz da ONU, Stéphane Dujarric, disse que o secretário-geral Kofi Annan se sentia "frustrado" com a decisão dos Estados Unidos. Já o diretor-executivo da organização Human Rights Watch, Kenneth Roth, considerou a atitude americana "infantil".

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