EUA negam preparativos de ação militar contra Irã e Síria

Senadores advertem Bush para não ampliar guerra iniciada em 2003

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Por Agencia Estado
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Os Estados Unidos negaram nesta sexta-feira que haja preparativos para uma ação militar contra o Irã e a Síria, alvos de um severo alerta do presidente George W. Bush. Ao apresentar na noite de quarta-feira sua nova estratégia para a guerra do Iraque, Bush acusou Teerã e Damasco de permitirem o uso do seu território para ataques contra o país vizinho. "Vamos interromper o fluxo de apoio", afirmou. No dia seguinte ao discurso, parlamentares norte-americanos temiam que a guerra do Iraque se espalhasse para os vizinhos Irã e Síria se as tropas dos EUA fossem caçar militantes além da fronteira. Autoridades norte-americanas afirmaram que o plano é interromper as linhas de fornecimento dentro do Iraque. O porta-voz da Casa Branca, Tony Snow, qualificou de "lenda urbana" a idéia de que Bush "tenta preparar caminho para a guerra com qualquer dos países e que haveria preparativos para a guerra em andamento". "Não há. O que o presidente falou foi de defender as forças norte-americanas dentro do Iraque", afirmou Snow, reiterando que Washington busca meios democráticos contra o programa nuclear iraniano. Bush também anunciou o envio de mais um porta-aviões e do sistema de defesa antimísseis Patriot "para tranqüilizar nossos amigos e aliados". Essas movimentações foram vistas como uma intimidação à Síria e ao Irã. Oposição à guerra no Congresso Nesta sexta-feira, senadores norte-americanos advertiram o presidente George W. Bush a não ampliar a guerra iniciada em março de 2003. O presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, Joseph Biden, alertou à secretária de Estado, Condoleezza Rice, de que Bush não tem autoridade para mandar tropas em missões além da fronteira iraquiana. Condoleezza, que não respondeu as declarações, disse apenas que o país espera que Bush ?faça o que for necessário para proteger nossas forças?.

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